O filme sobre a vida amorosa de António de Oliveira Salazar, o homem que durante décadas governou Portugal com mão de ferro, chega hoje aos cinemas de todo o país.
Versão cinematográfica da mini-série transmitida há meses pela SIC, "Salazar, a Vida Privada" ocupa-se do lado menos conhecido da biografia do antigo Presidente do Conselho: as suas paixões femininas, bem em contraste com o perfil austero em que o próprio gostava de se ver retratado.
Aquando da emissão televisiva do filme de Jorge Queiroga, o enredo suscitou alguma polémica no mundo académico e despertou velhas querelas em torno de um homem idolatrado por muitos e odiado por não menos portugueses. A versão cinematográfica, com a duração de 110 minutos, promete reacender o debate.
À antestreia do filme, no Alvaláxia, em Lisboa, compareceu Diogo Morgado, que interpreta o papel de Salazar. "A missão era muito difícil", confessa o jovem actor. Tratava-se de "representar um personagem que atravessa décadas, numa realidade que não vivi e sobre a qual todos os portugueses, de uma forma ou de outra, têm uma opinião e ideia formadas".
Produzido por Manuel S. Fonseca para a Valentim de Carvalho Filmes, com guião dos jornalistas António Costa Santos e Pedro Marta Santos, "Salazar, a Vida Privada" conta com um elenco de luxo: com Diogo Morgado contracenam, entre outros, Virgílio Castelo, Margarida Carpinteiro, Soraia Chaves, Filipe Vargas, Cláudia Vieira, João Lagarto, Ana Padrão e Catarina Wallenstein.
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