Foi um dos primeiros manequins nacionais a ter uma grande projeção internacional. No final da década de 2000, Rodrigo Soares, nascido em 1979, começa a investir na representação e tem na telenovela "Sentimentos", exibida pela TVI, o seu primeiro papel, em 2009. Foi, no entanto, na série juvenil "Morangos com açúcar" que começou a dar nas vistas. De lá para cá, já fez televisão e cinema. Em "Para sempre", a nova produção do canal de Queluz de Baixo, que estreia em setembro, volta a ter um papel cómico.
Apesar da pandemia, não se pode queixar de falta de trabalho. Não tem estado parado...
Acabei de gravar a telenovela "Amar demais", atualmente em exibição na TVI, e, entretanto, comecei outra, "Para sempre", que estreará em setembro. Tenho um papel engraçado, que ainda não posso revelar. Mas é meio cómico. É diferente daquilo que tenho feito...
Esse registo cómico é um registo que se adapta bem a si enquanto ator?
Não é um papel totalmente cómico mas, como as pessoas com as quais interajo na trama pertencem a um núcleo mais cómico, acaba por sê-lo também. É um tipo de papel que gosto de fazer porque é uma área que eu aprecio e, já agora, porque não dizê-lo, acho que sou bom nela... [risos]
Nesta altura, por causa da pandemia, é difícil fazer grandes planos, mesmo a nível pessoal, porque nunca se sabe bem como é que as coisas vão evoluir. No seu caso, como é que tem lidado com isso?
Sempre geri a minha vida sem grandes planos a longo prazo, porque fui manequim. Agora, como ator, nunca sabemos bem se vamos estar a trabalhar durante seis meses ou um ano… Por isso, não é uma coisa que me afete muito. Não senti grandes diferenças, confesso.
E a moda, a arte que lhe deu visibilidade mediática, deixou-lhe saudades?
De vez em quando, ainda volto lá, quando tenho tempo e quando o trabalho é bom. Mas, sim, tenho saudades das viagens, principalmente das que fazia com amigos meus. É mais disso que tenho saudades. De resto, não tenho muitas saudades da moda, porque, na altura em que a fazia, era mais um meio de subsistência...
Estamos num evento de vinhos, promovido pela Quinta da Pacheca. É conhecedor de vinhos?
Não sou conhecedor, mas sou apreciador. Não finjo que sei mais do que aquilo que sei... [risos] Sigo sugestões. Sou muito bom a seguir sugestões! [sorri]
E, em termos de sabor, prefere o branco, o tinto ou o rosé?
Prefiro o tinto. Bebo-o geralmente em casa, sozinho… O branco é mais em ocasiões sociais ou, então, durante o verão, porque é mais fresco...
Houve muitos portugueses que beberam mais na pandemia, sobretudo nos períodos de confinamento. Também foi o seu caso?
É verdade... [gargalhadas]…) Acho que comprei mais garrafas de vinho tinto nessa altura, porque é o que gosto mais de beber em casa, geralmente a seguir ao jantar. Sou capaz de ter comprado mais algumas garrafas do que normalmente compraria, sim...
Este evento Quinta da Pacheca tem um cariz solidário. Os lucros das vendas do vinho Pacheca Reserva Tinto 2019 UA revertem na totalidade para a União Audiovisual, uma associação criada em 2020 para apoiar o setor audiovisual, um dos mais afetados pela pandemia. Como é que vê este apoio à classe artística?
Acho ótimo. As vendas revertem, como disse, a favor da União Audiovisual. Espero que as pessoas tenham bem noção disso, que esta informação seja bem divulgada e que as pessoas o comprem. Não só o vinho é bom como, ao adquiri-lo, estão a ajudar uma causa que bem precisa.
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