"A Rita vai fazer uma pausa e vai estar fora durante uns meses", foi desta forma que a Comercial anunciou na última sexta-feira, 14 de outubro, que Rita Rugeroni estará nos próximos tempos afastada da rádio.

Horas depois, a radialista recorreu à sua conta oficial para num longo desabafo quebrar o silêncio e tornar público o motivo do seu afastamento.

"Esta semana uma das minhas melhores amigas perguntou-me 'então e já sabes o que é que vais dizer?' Respondi-lhe que não, mas alguma coisa havia de sair. E agora estou aqui com aquele nó na garganta de quem acaba de dizer na rádio, que vai sair da rádio", começou por declarar.

Rita garante que a sua ausência "não será para sempre", apenas os meses "suficientes para voltar a juntar as peças todas", para dedicar-se a "um projeto pessoal, para ter tempo com os filhos, com o marido" e com ela.

"Quem me conhece bem, sabe o quão difícil foi tomar esta decisão. Vivem dentro de mim duas Ritas. Aquela que acha que é um furacão, capaz de tudo a toda a hora, sem precisar de ajuda, e a outra que tem sempre medo, ansiedade, uma certa insatisfação permanente e inquietação constante", confessa, garantindo que teve medo do futuro, de não saber fazer mais nada e até de perder dinheiro que poderia fazer falta à sua família, até que percebeu "que o tempo é a primeira fortuna que se perde".

"A pressa obriga-nos a escolher entre prioridades. Decidi parar. Abdicar da minha querida rádio. E o problema não é dela, é meu.
Ao longo destes últimos meses, senti que estava sempre a falhar. Um falhanço de cada vez, é certo, mas isso acaba por fazer com que a cabeça e o corpo também deixem de funcionar. Nós mulheres, sobretudo, sofremos de um de complexo de superioridade. Achamos somos capazes de tudo, sempre. É uma espécie de triunfo e castigo por sermos tudo ao mesmo tempo", declarou, passando a enumerar as muitas tarefas que diariamente fazem parte do seu dia.

"Três filhos. Três enteados. Um cão. Uma casa. Três trabalhos. Mil atividades. Jantares com amigos. Dar atenção aos pais. Namorar com o marido. Ir ao ginásio. Estar em mil eventos diferentes durante a semana. Ir ao supermercado. Fazer o jantar. Contar histórias para adormecer. Ter energia. Não dormir. Comer melhor. Telefonar aos amigos. Pagar contas", lembrou, admitindo que chegou ao ponto em que teve "mesmo que escolher".

"À distância do futuro não sei se a decisão terá sido a mais acertada, mas honestamente, à medida que estou a escrever este texto é como se um alarme de incêndio se tivesse desligado de repente. 'Relaxa, Rita. Vai correr tudo bem'. Uma espécie de mantra para repetir todos os dias. Até já, querida Rádio. Vou ter saudades", terminou.

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