O actor Ricardo Pereira e a mulher, Francisca Pinto Ribeiro, viveram momentos de pânico, no último sábado. Os irmãos de Francisca, Sebastião e Joana Pinto Ribeiro, estiveram entre as centenas de cidadãos sequestrados por um grupo de traficantes que invadiu o Hotel Intercontinental, no Rio Janeiro.

"Acompanhei toda a situação através da televisão. Felizmente consegui falar com o meu cunhado, Sebastião Pinto Ribeiro, e a minha cunhada, Joana Pinto Ribeiro, através do Skype. As comunicações do hotel falhavam. Felizmente acabou tudo bem", relatou o actor português ao "Diário de Notícias".

Ricardo Pereira encontra-se com a mulher Francisca no Rio de Janeiro, onde possui um apartamento da zona sul da cidade.

"Nem acredito na situação em que estive envolvido", desabafou Sebastião Pinto Ribeiro horas depois do fim do sequestro. "Naquela noite tínhamos ido todos jantar fora e, como já era tarde, decidi levar a minha irmã Joana e dormir no hotel", relatou o cunhado de Ricardo Pereira.

Joana é hospedeira na TAP e encontrava-se hospedada no Hotel Intercontinental com outros 40 colegas da companhia aérea que gozavam o período de descanso entre voos. No total, havia meia centena de portugueses entre os hóspedes do Intercontinental.

Traficantes da favela Rocinha refugiaram-se no hotel após uma troca de tiros com a polícia e fizeram cerca de 30 reféns directos, entre pessoal da cozinha e gente que tomava o pequeno-almoço.

"Havia tripulantes (da TAP) que ficaram presos numa sala horas e horas. Uma das colegas que lá está foi mesmo agarrada pelos bandidos, mas não sofreu qualquer dano", revelou o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil na rede social Facebook.

Sebastião e Joana Pinto Ribeiro "estiveram no centro de uma situação delicada, mas como estavam no 11º piso, não estavam em perigo directo. A situação de maior tensão foi quando os operacionais do BOPE (polícia especial brasileira) os foram buscar ao quarto", revela Ricardo Pereira.

O sequestro durou cerca de três horas e terminou após negociações dos traficantes com as forças policiais. O crime não afectou qualquer voo da TAP e Joana Pinto Ribeiro já está em Portugal.