Ricardo Carriço abriu o coração para falar da família a Fátima Lopes, numa entrevista que foi transmitida no programa ‘Conta-me’, da TVI, este sábado.

O ator recordou que a avó paterna era uma pessoa mais “conservadora”. Já a avó materna era aquela pessoa mais “doce”, “uma ternura de senhora”.

O avô paterno, a quem chamavam “o avô inglês”, “andava sempre impecavelmente vestido”. “Ele era uma referência”, afirmou.

O pai não esteve muito presente na sua vida, mas, lembra, “era um tipo engraçadíssimo”. “Mas, ao mesmo tempo, filho e neto de filhos únicos. Quer dizer que era um rapaz um bocadinho concentrado no seu universo, para além de ser uma pessoa muito divertida e um extraordinário comunicador... Foi o meu pai, teve o seu percurso… Não esteve muito presente na minha vida”, acrescentou.

“Aos 18 anos saímos os dois. Eu quis perceber a cabeça dele. Estivemos os dois a conversar durante uma data de tempo. E a partir daí criou-se uma cumplicidade boa, saudável, e percebi muita coisa da cabeça dele. Eu aceito, teve as suas coisas boas e as suas coisas más. Mas, acima de tudo, eu aceito, porque é meu pai”, lembrou de seguida, partilhando este encontro marcante com o pai.

De seguida, Fátima Lopes tentou perceber porque é que o pai não esteve tão presente na sua vida como a mãe, e foi quando tocou no nome da mãe que o ator não resistiu em interromper para tecer rasgados elogios à progenitora.

“A minha mãe é uma matriarca. Tem um coração do tamanho do mundo. A minha mãe é a nossa âncora. Sempre foi”, disse, muito emocionado.

“E ela alguma vez sentiu a necessidade de explicar a ausência do pai?”, questionou a apresentadora. “Nós crescemos no dia a dia, vivíamos juntos, portanto, só não percebia quem queria”, respondeu o ator.

Após tais palavras, Ricardo Carriço ouviu uma mensagem da mãe, tendo ficado com os olhos a brilhar, muito emocionado. “É esta força da natureza, este sorriso constante. E quem a conhece fica apaixonado por ela. […] É uma grande mulher”, destacou.

Sobre a personagem em ‘Amar Demais’, que estreou recentemente na TVI, Ricardo Carriço voltou a falar da partida de Pedro Lima - recorde-se que Ricardo foi substituir Pedro Lima na novela da estação de Queluz. “O importante é aceitarmos e respeitarmos o que aconteceu”, apenas realçou.

O ator destacou ainda o quanto ficou feliz com a personagem e que há muito que esperava por este trabalho, dar vida a um grande vilão.

Sobre a luta contra as drogas, batalha que já tornou pública, Ricardo Carriço recordou a grande ajuda que teve de uma amiga, Helena, que teve um papel fundamental e quem o ajudou a largar o vício.

“Passa pela tua aceitação, mas isto seja em que situação for”, disse, referindo-se ao momento em que decidiu deixar o vício das drogas. “Todos nós passamos na vida por situações desagradáveis, sejam elas quais forem. Agora, temos de ter a consciência daquilo que estamos a passar, temos de ter a consciência ou a vontade de querer sair ou não, e essa consciência faz-nos ter que passar por processos”, acrescentou.

“Foi uma coisa que eu quis e foi numa disponibilidade que eu tive, e tive a sorte de ter alguém do outro lado a dizer: ‘vamos entrar nesta barco e correr com isto’”, partilhou ainda.

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