É uma troca por troca. Regina Duarte, uma fervorosa apoiante de Jair Bolsonaro, deixa a Secretaria Especial da Cultura após a forte contestação de que tem sido alvo para assumir a direção da Cinemateca Brasileira, em São Paulo, naquele que já está a ser apontado com um novo caso de favorecimento político por parte do presidente brasileiro. "Acabo de ganhar um presente que é o sonho de qualquer pessoa", assumiu a artista de 73 anos, protagonista de algumas das mais populares telenovelas brasileiras.
"Pode ter presente melhor do que esse? Obrigado, presidente", agradeceu publicamente Regina Duarte. A atriz de "Roque Santeiro" e "Vale tudo" tinha assumido a pasta no passado dia 4 de março com a missão de pacificar o setor artístico brasileiro mas, ao longo desses dois meses e meio, ainda inflamou mais os ânimos. O ator, cantor e apresentador de televisão Mário Frias, 48 anos, foi, entretanto, convidado por Jair Bolsonaro para assumir o cargo de secretário especial da Cultura, avança a imprensa.
Na internet, as críticas sucedem-se e nenhum dos intervenientes escapa. "De todos os papéis já interpretados pela nazistinha do Brasil, este [cargo na Secretaria Especial da Cultura] foi o mais patético", escreveu Fábio Ferreira no espaço de comentários da notícia. "Já vai tarde", considera Fernando Lopes. "Isto é uma palhaçada", contesta Solange Arruda. "Um governo de loucos para uma época de loucura coletiva", escreve Marcos Andrade. "Este Mário Frias é mais um lunático", condena ainda Kleber Luis.
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