Mais uma vez o nome do príncipe André volta a estar sob os holofotes devido ao 'Caso Epstein', o magnata que em 2019 foi detido, acusado de diversos crimes de abuso sexual e violação de menores, e que acabou por morrer na prisão em agosto desse ano.
Jeffrey Epstein era amigo do príncipe André, que terá participado em algumas festas onde estavam menores, casos que remontam ao final dos anos 90 e início dos anos 2000. André foi acusado de abuso por Virginia Giuffre, num caso que remonta a uma altura em que a mulher era ainda menor e que acabou com um acordo financeiro entre ambos. Esse escândalo valeu a André o afastamento da vida pública e o despojo dos títulos e honras militares.
Agora, o príncipe, de 63 anos, poderá enfrentar a justiça novamente após o magnata finlandês-canadiano Peter Nygard, de 82, ter sido condenado por quatro crimes de agressão sexual ocorridos em Toronto, no Canadá.
O duque de York e o empresário de moda são velhos conhecidos. O irmão do rei Carlos III esteve hospedado na mansão de Nygard nas Bahamas e, agora, as vítimas do 'Caso Epstein' querem que ele testemunhe perante o FBI.
Peter Nygard© Getty Images
As mulheres afetadas por Epstein criticam o silêncio de André após três dos seus amigos terem sido declarados culpados de crimes sexuais: Epstein, já falecido, Ghislaine Maxwell e agora Peter Nygard.
Além disso, chamam-lhe desonesto por afirmar que queria ajudá-las a conseguir justiça, mas nada ter feito a respeito disso. Para o advogado Spencer Kuvin, que representa várias das mulheres que sofreram abusos por parte da rede de Epstein, "se o príncipe André for inocente, ele deveria fazer uma declaração completa ao FBI".
Nygard foi acusado de agredir cinco raparigas com idades entre 16 e 28 anos entre o final dos anos 1980 e 2005. A defesa negou as acusações e os seus advogados acusaram as mulheres de "quererem dinheiro". Além deste julgamento, Nygard tem um processo civil aberto em Nova Iorque, que envolve 57 mulheres que afirmam que em 1977 sofreram abusos quando eram adolescentes.
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