‘O Ministério do Tempo’, série que estreou na RTP no início deste ano conseguiu cativar a atenção de inúmeros telespectadores. No entanto, e apesar do trabalho árduo do elenco de atores, a verdade é que têm surgido vários problemas devido à falta de profissionalismo das produtoras contratadas.

Quem o denuncia é Mariana Monteiro, através de um comunicado oficial na sua página de Facebook.

“Quando, em maio de 2016, iniciámos a rodagem de ‘O Ministério do Tempo’, todos nós o fizemos com a vontade e o profissionalismo que um novo projeto sempre nos merece”, começa por referir a artista.

Posteriormente conta como começaram a surgir os problemas na série. “Depois de uma primeira temporada com alguns percalços, oriundos de problemas vários - a cargo da Iniziomédia, a RTP decidiu entregar a produção a uma nova empresa - a JustUp/Mauricio Valente Ribeiro e Luis Valente”.

No entanto, e tal como a própria Mariana o garante, a escolha do primeiro canal não foi a mais acertada. “Apesar da aparente normalidade, o que sucede no final do mês deixa-nos a todos atônitos: os ordenados não são pagos! Toda a equipa decide parar até o problema estar resolvido; garantem-nos que no prazo de dois/três dias tudo se normalizará; mas só no final de três semanas são finalmente pagos os ordenados e são dadas garantias verbais de que o problema está totalmente resolvido”, refere.

E continua: “Por alegada quebra de confiança com a direção de produção o realizador afasta-se do projeto, levando com ele parte da equipa. É convidado Miguel Guerreiro para assegurar a continuidade das gravações e, perante as garantias que nos são dadas, voltámos mais uma vez ao trabalho”.

Apesar das alterações, os problemas voltam acontecer: “A nova equipa técnica inicia as gravações com o mesmo espírito e seguimos trabalhando arduamente. Mas e mais uma vez, os ordenados não são pagos no final do mês [Maio]. Voltámos a parar e, ao fim de um mês, a situação não está sequer em vias de resolução”, garante.

Por fim, a artista explica porque motivo decidiu revelar em público o que se passa. “Gostaríamos de deixar um forte alerta a todos os companheiros de profissão sobre o risco que corremos ao aceitar convites para trabalhar com algumas produtoras (…) e deixar um apelo à direção da RTP para que não nos deixe à mercê daqueles que, a coberto de uma maior oferta no mercado audiovisual, se apresentam a concurso sem as condições mínimas para exercerem dignamente esta atividade”.

O Fama ao Minuto tentou entrar em contacto com a produtora Just Up, mas sem sucesso até ao momento.

Entretanto, o Cena-Sindicato dos Trabalhadores do Espetáculo, do Audiovisual e dos Músicos divulgou hoje, em comunicado, que "cerca de 60" trabalhadores - atores e equipa técnica da série televisiva têm os ordenados em atraso.

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