A primeira constatação é que a maioria das pessoas passeiam orgulhosamente as mais diferentes raças, mas quase sempre pequenas, os chamados 'cães de bolso': bulldogs franceses, galgos, boston terriers, bichons de todas as formas e feitios, 'lulus', 'fifis' e afins.

Todos estão impecavelmente asseados, penteados e adornados. De facto são o orgulho dos seus donos e são mais um membro querido que integram as famílias paulistas.

Excecionalmente, e muito de vez em quando, avista-se um cão de porte maior, exibindo o seu pelo fofo e volumoso. Os preferidos são sem dúvida os Golden Retrivier, e os da minha raça preferida, os Boxer.

À conta de tantos cães, desenvolveu-se um excelente part-time para quem precisa de uns Reais extra: os passeadores de cães. Nada mais engraçado do que ver 'ramalhetes' de 4, 5 ou até de 6 cães, passeados por uma só pessoa, com mão firme para que não se 'engalfinhem' uns nos outros.

Esta cidade respeita e acolhe os cães, oferecendo-lhes água em bebedouros, à porta de lojas, restaurantes, etc... E tiremos o chapéu igualmente, aos seus donos, que são conscientes, eu diria muito, do que é manter a cidade limpa, não encontrando dejeto algum. Uma autêntica lição de civismo.

E é assim São Paulo. Uma cidade com cães, que os respeita e que por sua vez os seus donos a respeitam.

PS: Curiosamente ainda não vi nenhum gato de rua.

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