Ana Brito e Cunha foi este sábado, dia 24, a grande protagonista do programa 'Conta-me'. A atriz esteve à conversa com Maria Cerqueira Gomes.

Maria Flor, a filha que a atriz perdeu

"Era um bebé que não estava bem", recorda Ana Brito e Cunha, recuando à época em que aos 38 anos perdeu a sua primeira filha.

A atriz e o seu namorado da altura, Miguel Carvalho, descobriram que a bebé não estava bem ainda no início da gestação e foram aconselhados a fazer um aborto.

Devido à sua enorme fé, Ana Brito e Cunha não se sentia capaz de tomar esta difícil decisão.

"O médico pediu-me para aguentar dois dias [até fazer o aborto] e o coraçãozinho dela parou no dia a seguir", revela, explicando que apenas soube que era uma menina porque a doença da qual a bebé era portadora, síndrome de Turner, apenas se manifesta no sexo feminino.

Ana e Miguel acabaram por se separar nessa altura por não perceberem o lado um do outro, mas conseguiram perdoar-se mais tarde.

Apesar de já ter falado diversas vezes sobre este tema, a artista reconhece a importância de o voltar a fazer.

"As mulheres não falam e as mulheres sofrem muito. Eu já falei tantas vezes nesta história e sempre que falo nisso recebo mensagens de outras mulheres", diz, lamentando a enorme pressão que existe para com os casais.

"Ninguém sabe o que as mulheres sofrem, as mulheres e os homens... porque quando querem dar um filho à sua mulher, eles não controlam", refere.

Aos 40 Ana Brito e Cunha encontrou o homem da sua vida... e foi mãe

Num encontro de amigos, Ana Brito e Cunha reencontrou-se com Afonso Coruche. Um amigo que veio a descobrir ser o homem da sua vida.

Ana Brito e Cunha aos 40 anos casou-se e aos 41 realizou o maior desejo da sua vida: ser mãe.

"A notícia vem num momento um bocadinho turbulento da minha vida, eu tinha acabado de saber que a minha mãe estava doente", lembra.

Apesar de lamentar ter perdido a mãe pouco depois do filho Afonso nascer, a atriz sente-se uma privilegiada por ter conseguido apresentá-lo à mãe.

"Sei que o meu filho tem muito da energia da minha mãe. [...] Eu sinto que era um ser a ir, que estava dar vida a outro que estava a chegar", assegura Ana Brito e Cunha.

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