A realeza britânica enfrenta uma crise a nível de reputação sem precedentes. Depois de toda a agitação à volta do afastamento do príncipe Harry do lugar que ocupava na 'Firma' - como é conhecida a monarquia - eis que agora tem que lidar com o julgamento que decorre contra o príncipe André.

O filho da rainha Isabel II está a ser acusado de abusos sexuais, no âmbito de um processo que está a ser julgado nos Estados Unidos.

Ora, conforme recorda o jornal The Guardian, esta não foi a primeira vez que um membro da família real britânica foi a julgamento.

Recorde os restantes casos.

Princesa Ana

A princesa foi o primeiro membro da família real britânica a estar envolvido num processo criminal na sequência de uma queixa da Dangerous Dogs Act. Um dos seus cães, um bull terrier de três anos, mordeu uma criança de dois anos enquanto passeava no Windsor Great Park, em abrir de 2002.

Na altura, a princesa foi multada em 500 libras (599 euros) pelo ataque e obrigada a pagar 250 libras (299 euros) como indeminização, os custos do tribunal.

Princesa Ana (outra vez)

A princesa Ana foi ainda considerada culpada por ter andado em excesso de velocidade com o seu Bentley, em Gloucestershire. Na altura teve de pagar 400 libras (479 euros) de multa.

Tudo aconteceu em março de 2001. A filha da rainha Isabel II justificou-se dizendo que pensava que os carros da polícia estavam a escoltá-la e não propriamente a mandarem-na encostar.

Rei Carlos I

Se viajarmos centenas de anos até ao passado percebemos que o rei Carlos I foi levado a julgamento em Westminster Hall, a 20 de janeiro de 1649, no seguimento do fim da guerra civil inglesa.

O rei foi presente aos juízes quatro vezes e acusado de tirania e traição. No final foi condenado à morte tendo sido decapitado no exterior da Banqueting House em Whitehall, Londres.

Maria da Escócia

Maria da Escócia foi implicada num esquema - Babington Plot: um plano feito em 1586 cujo objetivo era assassinar a sua prima, a rainha Elizabeth I, de modo a que Maria assumisse o trono.

Foi a julgamento por traição, onde negou todas as acusações. Na altura não teve a oportunidade de rever as provas contra si e foi-lhe negado aconselhamento legal, tendo sido condenada à morte.

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