O país está de luto e as mensagens de pesar sucedem-se. Artur Agostinho faleceu hoje, dia 22 de Março, aos 90 anos. O jornalista desportivo estava internado no Hospital de Santa Maria há uma semana, de acordo com uma fonte do ‘Record’, jornal do qual era colunista.

O corpo de Artur Agostinho está em câmara ardente na Igreja S. João de Deus, em Lisboa, a partir das 16h30 desta terça-feira. O funeral do comunicador realiza-se amanhã, dia 23. Às 14h realiza-se a missa de corpo presente e às 16h o funeral, no cemitério de Benfica.

O radialista e actor tinha lançado recentemente, no dia 2 de Março, no El Corte Inglès, «Flashback – Uma história da vida real», que retratava os momentos menos positivos que havia passado depois do 25 de Abril.

Artur Agostinho nasceu a 25 de Dezembro de 1920, em Lisboa, e desde cedo provou que tinha talento para tudo o que estivesse ligado com a área da comunicação.

Para além de jornalista na Rádio Renascença e da Emissora Nacional, Artur Agostinho dirigiu o jornal "Record" entre 1963 e 1974. A acrescentar a tudo isso, o comunicador, que também foi um dos fundadores da RTP, ainda experimentou as áreas da apresentação e da representação.

Enquanto actor, Artur Agostinho participou em diversos filmes portugueses, como "O Leão da Estrela", "Capas Negras", "Cantiga da Rua" e "O testamento do Senhor Nepomuceno", entre outros.

A sua carreira foi plena de sucessos, prémios e merecidas homenagens. Em 2009, Artur Agostinho emocionou o país com o seu discurso na cerimónia dos Globos de Ouro, quando recebeu o galardão ‘Mérito e Excelência’.

Recentemente, no final de Dezembro de 2010, altura em que completou 90 anos, o comunicador recebeu pelas mãos do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, a comenda da Ordem Militar de Santiago da Espada.

Artur Agostinho era dono de um talento e de um sorriso, que jamais serão esquecidos.