O Palácio de Buckingham anunciou esta quinta-feira no Twitter: "A rainha morreu pacificamente em Balmoral esta tarde. O rei e a rainha consorte permanecerão em Balmoral esta noite e retornarão a Londres amanhã".
Ao fim da manhã de quinta-feira, 8 de setembro, o Palácio de Buckingham emitiu um comunicado sobre a saúde da rainha Isabel II que se encontrava, desde julho, no Castelo de Balmoral. "Após uma avaliação efetuada esta manhã, os médicos de Sua Majestade estão preocupados com o seu estado de saúde e recomendam que esta se mantenha sob vigilância médica", pode ler-se.
Recorde-se que esta nota informativa surge dois dias após a audiência formal com a nova primeira-ministra britânica, Liz Truss, que excecionalmente foi recebida em Balmoral, e um dia após o cancelamento de uma reunião com o Privy Council.
A notícia gerou preocupação a nível mundial uma vez que não é habitual emitirem-se comunicados ou atualizações sobre o estado de saúde da rainha, que costuma ser mantido em privado, o que poderia indicar a gravidade da situação.
Apesar de a Casa Real ter adiantado que Isabel II "continua confortável", a verdade é que a família real se reuniu rapidamente em peso em Balmoral: o príncipe Carlos e a mulher, Camilla, foram os primeiros a chegar, seguindo-se o neto, o príncipe William, e os seus restantes filhos, a princesa Ana, o príncipe André e o príncipe Eduardo. O duque de Sussex, que estava de visita ao Reino Unido, também se deslocou até à residência após a notícia.
Horas após o comunicado oficial, centenas de súbditos começaram a reunir-se à porta do Castelo de Balmoral, do Castelo de Windsor e do Palácio de Buckingham como de mostrar o seu apoio à família real neste momento doloroso.
Uma saúde de ferro marcada por curtas hospitalizações e problemas de mobilidade
A mobilidade de Sua Majestade foi dos primeiros alertas de que algo poderia não estar bem e indicar uma deterioração da sua vitalidade. Outubro de 2021 foi uma altura do ano particularmente delicada para Isabel II que, ao longo dos anos, sempre aparentou ter uma saúde de ferro inabalável.
No início do mês foi vista em público, pela primeira vez, a usar uma bengala à entrada da Abadia de Westminster. Uma semana depois, a 20 de outubro de 2021, a Casa Real revelou que Sua Majestade passou uma noite no King Edward VII Hospital onde foi observada por uma equipa de especialistas. Após exames diagnósticos foi sugerido à monarca de 96 anos que cancelasse a sua agenda semanal, que incluía uma visita à Irlanda do Norte, e a permanecer em repouso.
De acordo com o seu historial médico, as últimas vezes que foi hospitalizada no King Edward VII Hospital remontam a 2018, 2013 e 2003: a primeira para ser operada às cataratas, a segunda devido a uma gastroenterite e a terceira a propósito de uma cirurgia ao joelho.
A bengala tornou-se um acessório imprescindível para Sua Majestade que, em fevereiro de 2022, durante uma audiência afirmou "não me posso mexer" após ser questionada sobre como se sentia. Após os recentes casos de COVID-19 no seio da família real, no final do mês foi diagnosticada com o vírus, apresentado "sintomas semelhantes ao de uma gripe", referiu um comunicado.
A sua ausência também foi notada durante as celebrações do Jubileu de Platina que decorreram entre 2 e 5 de junho em Londres, tendo surgido, apenas durante breves instantes, na varanda do Palácio de Buckingham tal como manda a tradição.
A infância marcada pela abdicação do tio
Elizabeth Alexandra Mary Windsor nasceu a 21 de abril de 1926 na casa dos avós maternos localizada no bairro de Mayfair. Lilibet – como era carinhosamente tratada no seio familiar – é fruto do casamento de George VI com Rainha-mãe e cresceu entre o White Lodge (antiga residência real), o Royal Lodge (antiga residência da rainha Mãe) e o Castelo de Windsor (uma das residências oficiais de Sua Majestade).
A jovem princesa – terceira na linha de sucessão ao trono – não teve um percurso escolar tradicional: devido ao seu estatuto social teve aulas particulares em casa com o auxílio de diversos tutores, entre eles o reitor do prestigiado Eton College e o Arcebispo da Cantuária, e a governanta Marion Crawford. Desde pequena que mostrou grande aptidão para a natação, um gosto que partilhava com a irmã mais nova, a princesa Margarida.
"É muito revelador, na realidade, como essa proximidade começou e o quão novas eram. E isso nunca enfraqueceu à medida que foram crescendo. Se alguma coisa, só foi ficando cada vez mais forte", disse Lady Sarah Chatto, sobre a relação entre a mãe e a tia cuja infância foi marcada pela abdição do tio Eduardo VIII, que abriu mão de tudo para se casar com a atriz americana Wallis Simpson. Isto gerou uma crise sem precedentes no seio da família real e na linha de sucessão ao trono britânica, com o pai das jovens a tornar-se rei, cargo que ocupou entre 1936-1952.
A adolescência das jovens foi marcada pela guerra, que as obrigou a mudarem-se para o Castelo de Windsor, e foi durante este período que começou a ligação da jovem princesa com o Exército Britânico.
Ao atingir a maioridade alistou-se na Auxiliary Territorial Service (ATS) e enquanto segunda subalterna aprendeu a executar todo o tipo de tarefas, tendo ainda tirado um curso de condução e manutenção de veículos. Recorde-se que Isabel II, que atualmente é Chefe da Forças Armadas, foi a primeira mulher da realeza a fazer parte deste organismo militar.
"Quando o príncipe Philip e eu nos casamos há 50 anos, a Grã-Bretanha teve de suportar seis anos de guerra, emergindo maltratada, mas vitoriosa. O príncipe Philip tinha servido na Marinha no Extremo Oriente, enquanto eu lutava, na ATS, com as complexidades do motor de combustão interna e a aprender a guiar uma ambulância com cuidado", disse num discurso proferido em 1997 a propósito da celebração dos seus 50 anos de casamento.
Após a morte do pai, George VI, que reinou durante 15 anos, em 1952 a jovem princesa viu-se obrigada a assumir aquele que viria a ser o papel mais improvável (e importante) da sua vida: o de rainha.
Uma coroação histórica
Foi durante uma viagem ao Quénia que Isabel II recebeu a notícia da morte do pai. Este foi um momento de viragem para a jovem de 21 anos que, no espaço de 15 meses, seria coroada rainha de Inglaterra.
O evento, que teve lugar a 2 de junho de 1953 na Abadia de Westminster, manteve-se fiel à tradição: uma investidura marcada pelo esplendor das vestes e regália reais, seguida pelo juramento de Sua Majestade. A cerimónia contou com a presença de mais 8.200 pessoas e foi um marco na história dos eventos reais. Recorde-se que a coroação foi o primeiro evento a ser transmitido em direto pela televisão, que na época foi um meio de comunicação revolucionário. Emitida pela BBC, a cerimónia de quase três horas foi vista por 36 milhões de pessoas no mundo inteiro.
"Horrível. Não é, de todo, adequado para viajar. Estava apoiado em tiras de cabedal. Não era muito confortável", disse sobre o Coche de Estado dourado escolhido para o percurso de sete quilómetros durante o documentário 'The Coronation' (2018) produzido pelo Smithsonian Channel. "Só podíamos ir a ritmo de caminhada. Os cavalos não podiam ir mais depressa. Era muito pesado."
E ao que parece as dificuldades não ficam por aqui. A propósito da Imperial State Crown, um dos principais adereços usados na sua investidura e na tradicional cerimónia de abertura do ano parlamentar, Sua Majestade recorda a sua falta de leveza. "Não podíamos olhar para baixo ao ler o discurso; tínhamos de a colocar mais em cima. Se o fizéssemos, partiríamos o pescoço. Existem algumas desvantagens nas coroas, mas tirando isso são adereços importantes."
Em setembro de 2015 tornou-se na monarca com o reinado mais longo da história do Reino Unido, um feito comentado pela filha, a princesa Ana, no documentário "Elizabeth at 90: A Family Tribute" (2016). "Não nos podemos esquecer que é uma espada de dois gumes, apesar de as pessoas terem tendência para se esquecer, pois quando se tornou na monarca com o reinado mais longo isso aconteceu apenas porque o seu pai morreu tão novo. É um recorde que preferia não ter", disse.
Em 2022 atingiu um novo feito ao ser a primeira monarca britânica a celebrar o Jubileu de Platina, marcando 70 anos no trono.
O papel da rainha e os deveres reais
Ao subir ao trono são reconhecidos a Sua Majestade dois novos papéis: o de líder da Commonwealth - que, de acordo com a Casa Real se caracteriza por ser “uma associação voluntária de 56 países independentes, dos quais quase todos estiveram sob o domínio britânico” – e o de Chefe de Estado de 16 países.
Apesar de ser uma presença essencial na cerimónia de abertura do novo ano parlamentar, tomar conhecimento de todos os projetos de lei aprovados pelo Governo Britânico e ter reuniões periódicas com o primeiro-ministro, Sua Majestade mantém neutralidade política. De acordo com a Casa Real "a Soberana atua como um foco de identidade nacional, união e orgulho; confere um sentido de estabilidade e continuidade; reconhece sucesso e excelência; e apoia o ideal de serviço voluntário."
Na qualidade de rainha, grande parte da sua agenda é ocupada com diversos compromissos reais, que vão desde inaugurações e comemorações a baquetes de Estado, receções oficiais e digressões reais. Para além disso, todos os verões Sua Majestade realiza uma festa no jardim do Palácio de Buckingham e ainda cerimónias de investiduras onde são distinguidas figuras de diversas áreas.
Outro aspeto importante é o envolvimento da família real em diversas causas sociais e com instituições de solidariedade. Apesar de alguns deles serem passados de geração em geração, por norma os patronatos refletem os interesses pessoais do membro em questão. De todos os membros da realeza, o patronato da rainha Isabel II é considerado o mais importante, que conta com uma lista de 600 instituições, associações militares e organizações. "Os patronatos reais conferem status a uma organização, e as visitas e envolvimento de um Patrono Real podem trazer publicidade necessária", pode ler-se no site oficial da Família Real.
Sempre que não pode estar presente em alguns dos seus compromissos, outros membros da família real são destacados para representar Sua Majestade. "A primeira digressão que fiz em nome dela, estava assustado. Estava incrivelmente nervoso, questionava-se ‘Será que as pessoas vão ficar desapontadas por ser eu e não ser ela?’, ‘Será que vai correr tudo bem?’, ‘Será que vou cometer erros?'", disse o príncipe Harry no documentário "Elizabeth at 90: A Family Tribute" (2016), a propósito da sua primeira viagem oficial.
Isabel e Philip: um casamento de 73 anos
O casal viu-se pela primeira vez em 1934 no casamento real de Marina da Grécia, prima de Philip, com o Duque de Kent, tio de Isabel II, refere o site da Família Real. Na altura os jovens tinham 13 e oito anos, respetivamente. Após se reencontrarem em 1939 no Royal Naval College, começaram a namorar à distância, trocando correspondência enquanto Philip ainda estava na Marinha.
Depois de um noivado relâmpago, subiram ao altar na Abadia de Westminster a 20 de novembro de 1947 sob o olhar atento de 2.000 convidados. Juntos tiveram quatro filhos: Carlos (1948), Ana (1950), André (1960) e Eduardo (1964). De acordo com o site oficial da Família real, "em 2007 a rainha e o Duque de Edimburgo tornaram-se o primeiro casal na família real a celebrar as Bodas de Diamante (60 anos)."
O casal esteve casado durante 73 anos, até à morte de Philip, que faleceu no início de 2021.
Separações, mortes e escândalos. Os momentos mais desafiantes do seu reinado
O ano de 1992 ficou marcado pelo fim do casamento de três dos filhos de Sua Majestade. O príncipe André foi o primeiro a anunciar a sua separação de Sarah Ferguson, com quem estava casado desde 1986. Em abril, a princesa Ana avançou com o pedido de divórcio de Mark Philips, de quem estava separada há três anos. Em dezembro, a Casa Real emitiu um comunicado a dar conta do fim do enlace de Carlos e Diana, cujo divórcio ficou finalizado em 1996.
A 20 de novembro de 1992 deflagrou um incêndio naquela que é a segunda residência oficial de Isabel II: o Castelo de Windsor. Apesar de o príncipe André ter alertado as autoridades, os danos foram inevitáveis: 115 divisões foram afetadas pelo fogo que causou o colapso do teto do St.George's Hall. As reparações do edifício, que demoraram cinco anos a terminar, foram financiadas em grande parte pela família real e fixaram-se nos 47 milhões de libras.
"O ano de 1992 não é um ano que recordarei com puro prazer. Nas palavras de um dos meus correspondentes, acabou por tornar-se num 'Annus Horribilis'. Suspeito que não sou a única a pensar o mesmo", disse num discurso proferido a 24 de novembro de 1992 e que se tornou num dos mais marcantes do seu reinado.
Após a morte inesperada da Princesa Diana, vítima de um acidente de viação em agosto de 1997, Isabel II foi alvo de duras críticas por parte da imprensa pela sua aparente indiferença e reação tardia ao trágico acontecimento. "Após as terríveis notícias do último domingo assistimos, pela Grã-Bretanha e pelo mundo fora, a uma esmagadora manifestação de tristeza pela morte de Diana. Todos nós estamos a tentar lidar com isto de diferentes maneiras. Não é fácil expressar tristeza, uma vez que o choque inicial é muitas vezes sucedido de uma mistura de outros sentimentos: descrença, incompreensão, raiva e preocupação por aqueles que ficam", disse Sua Majestade num discurso inédito transmitido em direto.
Em janeiro de 2020 quando os Duques de Sussex anunciaram que iam deixar a realeza e mudar-se para os Estados Unidos. Após diversas reuniões familiares, Isabel II acabou por apoiar a decisão do neto apesar de não esconder a sua tristeza com a decisão. "A minha família e eu apoiamos inteiramente o desejo de Harry e Meghan em criarem uma nova vida enquanto família. Apesar de preferirmos que se mantivessem como membros a tempo inteiro da família real, respeitamos e compreendemos o seu desejo de viver de forma mais independente enquanto família ao mesmo tempo que permanecem parte vital da minha família", afirmou em comunicado oficial.
Um ano depois é exibida a explosiva entrevista que o casal concedeu a Oprah Winfrey em março de 2021 e onde fez revelações bombásticas sobre a sua vida dentro da família real e os motivos que os levaram a deixar o Reino Unido. Desde o assédio da imprensa à falta de apoio da família, passando pelos pensamentos suicidas e o racismo, nada ficou por dizer.
O último escândalo real, e que ainda deverá dar que falar na imprensa, prende-se com a amizade e ligação que o príncipe André tinha com Jeffrey Epstein, o falecido multimilionário acusado de criar um esquema de tráfico sexual de menores e com quem supostamente os seus amigos famosos mantinham relações sexuais.
Mesmo após a Casa Real ter negado as acusações que davam conta de que André tinha abusado sexualmente, e em diversas ocasiões, da americana Virginia Giuffre quando esta ainda era menor, a polémica instalou-se e o terceiro filho de Isabel II viu-se forçado a reagir. De forma a defender a sua reputação, em novembro de 2019 concedeu uma entrevista à BBC que não correu como esperado: as desastrosas declarações levaram a que André abandonasse os deveres reais e se retirasse da vida pública. Em janeiro de 2022 o caso deu uma grande reviravolta nada abonatória para o príncipe ao ver negado o pedido de arquivamento da ação civil movida contra si pela americana.
Como consequência, o Palácio de Buckingham emitiu um comunicado onde anunciava que tinham sido retirados ao filho de Sua Majestade os seus títulos militares e reais, assim como os respetivos patronatos. Após diversas negociações, o caso chegou ao fim a 15 de fevereiro com o duque de York a pagar uma indemnização no valor de 14,3 milhões de euros à vítima. O acordo milionário, que foi negociado durante alguns dias entre ambas as partes fora das barras dos tribunais, permitiu que André não tivesse de ir a julgamento.
O reinado de Isabel II foi ainda marcado por diversas perdas, como foi a da irmã, a princesa Margarida, e o da mãe, a Rainha-Mãe, em 2002. O último golpe, e talvez o mais duro, foi a morte do marido, o príncipe Philip, aos 99 anos. Após sucessivas hospitalizações, faleceu a 9 de abril de 2021 no Castelo de Windsor, em Londres.
As tradições mais importantes da família real
O Christmas Broadcast é uma tradição que se tem mantido inalterável em quase 100 anos de história. A primeira mensagem de Natal foi emitida durante o reinado de George V, em 1932, por iniciativa e insistência do fundador da BBC. Na época, o discurso radiofónico foi ouvido por 20 milhões de pessoas.
Em 1957 Sua Majestade utilizou um novo meio de comunicação – a televisão – para falar à nação. "Há 25 anos o meu avô transmitiu a primeira destas mensagens de Natal. Hoje é outro marco porque a televisão permitiu que muitos de vocês me vejam nas vossas casas no Dia de Natal", disse durante o seu discurso cujo tema central é todos os anos escolhido por si e deve refletir a sua visão do que passa no mundo.
Recorde-se que desde que subiu ao trono, só houve um ano em que a BBC não emitiu a tradicional mensagem natalícia de Sua Majestade: em 1969, altura em que foi exibido o documentário ‘The Royal Family’.
Apesar da sua neutralidade política, todos os anos Isabel II preside à abertura oficial do Parlamento. O ponto mais alto desta cerimónia, que remonta ao século XIV e conta com a presença da Câmara dos Lordes e da Câmara dos Comuns, é o momento em que Sua Majestade lê o discurso "escrito pelo Governo, resumindo planos e futuras legislações", refere a Casa Real. As gravidezes do Príncipe André (1959) e do Príncipe Eduardo (1963) impediram-na de cumprir a tradição nesses dois anos.
Contrariamente ao habitual, a rainha Isabel II festeja duas vezes o seu aniversário: a primeira celebração tem lugar no dia do seu nascimento, com uma festa familiar privada, e a segunda acontece no segundo sábado de junho com uma celebração pública e grande aparato militar transmitida pela televisão. A segunda celebração tem lugar no verão de forma a coincidir com a parada Trooping The Colour, instituída há vários séculos como a data oficial do aniversário do monarca.
Plantar árvores é outra tradição real que atravessou gerações e se mantém viva até aos dias de hoje. No documentário "The Queens Green Planet" (2018), Sir David Attenborough explora esta paixão de Sua Majestade que levou à criação do Queen's Commonwealth Canopy: um projeto que pretende criar uma rede global de florestas protegidas nos 53 países.
Uma curiosidade prende-se com o facto de, após o nascimento de cada um dos seus filhos, ter plantado um carvalho em sua honra nos jardins privados do Palácio de Buckingham, que atualmente conta com 14 mil árvores.
A paixão pelos animais
Em 1933 a família real acolheu os primeiros cães da raça Corgi, um casal batizado de Dookie e Jane. A propósito do seu 18º aniversário, Isabel II recebeu uma cadela, a quem deu o nome de Susan, tendo-se tornado a sua raça de eleição.
Durante grande parte da sua vida dedicou-se à criação de corgis e dorgis reais, este último é um híbrido que resulta do cruzamento com o dachshund da falecida irmã, a princesa Margarida. Apesar de ter abandonado esta atividade em 2003, estima-se que Sua Majestade teve mais de 30 corgis ao longo da sua vida.
"Esse trabalho [em Sandringham] inclui o Royal Stud, onde ainda faz criação de cavalos, uma das suas eternas paixões. Uma vez disse que se não fosse Rainha seria feliz a viver no campo com os seus cães e cavalos”, recordou Sir Kenneth Scott, que durante 10 anos foi um dos secretários privados de Isabel II, num artigo da Vanity Fair em 2016.
Os cavalos são outras das suas paixões de infância. Peggy foi o nome escolhido para o seu primeiro pónei que lhe foi oferecido pelo avô, o rei George V, a propósito do seu quarto aniversário.
A equitação é um hobbie que mantém até aos dias de hoje, especialmente quando está em Windsor. Fã de corridas de cavalo, é uma presença assídua no Royal Ascot, um dos eventos sociais mais importantes do ano e que tem uma ligação centenária à Família Real. De acordo com a Casa Real o hipódromo de Ascot foi mandado construir pela Rainha Ana em 1711 e há vários anos que alguns dos cavalos de Sua Majestade participam regularmente na competição.
Comentários