Miguel Ângelo, músico dos Delfins, esteve à conversa com Manuel Luís Goucha, entrevista que foi transmitida na tarde desta quinta-feira, 4 de abril, no programa das tardes da TVI.
O vocalista lembrou um dos momentos mais marcantes da banda, nomeadamente a participação no Festival da Canção, em 1985.
"Ficámos em último lugar. Para nós era o primeiro ou o último. Nós queríamos dar nas vistas", afirmou, notando que na época ninguém percebeu o intuito do grupo.
"É um ano muito específico em que o regulamento permite que cada editora ponha lá o artista que quiser, sem a RTP escolher", conta, referindo que os Delfins participaram com o cunho de uma editora independente.
A participação, que surpreendeu o público pela negativa, foi um ato de "rebeldia", conforme Miguel Ângelo admitiu.
Depois disto, a editora que os acolhia fechou e os Delfins passaram por uma "travessia no deserto", tendo em que conta que ninguém queria trabalhar com eles.
A situação mudou dois anos mais tarde quando decidem gravar um disco com o dinheiro que ganharam em concertos nos clubes. O grande sucesso foi a 'Canção do Engate', criação de António Variações, ao qual deram uma nova vida.
Nascia assim o disco 'Libertação'.
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