
Manuela Couto foi a entrevistada deste sábado no programa 'Alta Definição', conduzido por Daniel Oliveira, onde falou abertamente sobre um dos momentos mais dramáticos da sua vida profissional. Em 2011, a atriz sofreu um ataque de pânico por excesso de trabalho.
"Estava na dirigir o departamento de elencos da Plural gravar uma novela e a fazer uma peça de teatro. Essa forma de poder não me seduz. Não só não me seduz como não me agrada. Já tinha pensado em acabar há uns tempos e não consegui, mas naquele dia acabou. Apanhei um susto", começou por relatar.
"Deixei de perceber o que é que estava a fazer, em que parte da cena estava e estava sempre a enganar-me. Olhava para as pessoas e sabia onde estava, mas não sabia o que tinha feito. Senti uma angústia enorme e desmaiei. Fiz um pico de tensão, 180 pulsações, essas coisas. O paramédico disse: ‘Vamos pôr o oxigénio no máximo para evitar um AVC’”, continuou.
Manuela revelou inclusive que achou que ia morrer: “Fazia anos dali a dois dias e pensei: ‘Não vou fazer mais anos’. Assustei mesmo. Desisti logo do trabalho, nunca mais fui. Não podemos andar nessa corrida de uma forma tão stressada".
O episódio fez com que reestrutura-se a sua forma de pensar e agir perante o trabalho. Contudo, foi há dois anos que adotou uma nova forma de viver e estar. "Nessa altura aprendi e mudei uma série de coisas. Mas foi fundamentalmente há dois anos para cá que mudei mesmo interiormente e às vezes fico admirada por ver pessoas dizerem certas coisas que até há bem pouco tempo eu também dizia", afirmou.
A atriz refere que as mudanças partiram de fatores "externos", mas que seriam inevitável. "Foi um processo a que me obriguei por uma questão de sobrevivência. Há alturas em que ou mudamos ou entramos numa espiral de sofrimento e descompensação", frisou.
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