Aos 99 anos, Manoel de Oliveira teve a honra de estrear os ecrãs do Festival de Cinema de Veneza com "Do Visível ao Invisível", a primeira de três curta-metragens inéditas, e acabou por ser aplaudido de pé por todo o público presente.
O cineasta português foi apresentado pelo director do Lido, Marco Muller, como o "grande mestre do cinema", e durante a exibição do seu filme, houve grandes gargalhadas com o humor próprio de Oliveira.
A curta-metragem de sete minutos faz uma paródia sobre o ridículo das situações criadas pelo avanço das comunicações. O realizador pôs dois amigos - interpretados por Leon Cakoff (o director da Mostra de Cinema de São Paulo) e o seu neto, Ricardo Trêpa - a encontrarem-se no centro de São Paulo. Os dois não conseguem comunicar, porque os respectivos telemóveis não param de tocar. Para não serem interrompidos, decidem ligar um ao outro.
Na conferência de imprensa, Manoel de Oliveira voltou a ser ovacionado pelo público depois desta sua declaração: "Entrei agora na minha segunda juventude. Não sou o mais jovem dos cineastas, mas serei talvez o menos apressado".
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