Luís Trigacheiro tornou-se num nome conhecido e acarinhado pelos fãs do 'The Voice Portugal' depois de ter vencido a última edição do programa de talentos da RTP1. O seu amor pela música portuguesa conquistou não só os mentores como também os telespectadores, que viram no alentejano a representação do que melhor a nossa cultura tem para oferecer.

O Notícias ao Minuto esteve à conversa com o jovem de Beja que falou sobre as mudanças que sentiu desde o início do programa e ainda sobre os seus planos para o futuro.

"Sou mais reconhecido, mais falado pelo bom e também pelo mau, temos de ser realistas. Espero que me traga mais trabalho e acima de tudo [a possibilidade de] fazer uma carreira", afirmou, notando que quando se inscreveu "nem sabia bem para o que é que ia".

Luís confessa-nos que não estava à espera de ganhar o programa, mas que foi conquistando confiança em si mesmo com o passar do tempo. "Aprendi a ver as coisas de outra maneira. Comecei a pensar mais por mim e a acreditar mais", nota.

Neste sentido, a ajuda dos dois mentores com quem contou - António Zambujo e Marisa Liz (que o salvou quando o primeiro mentor escolheu Tiago Silva nas batalhas) foi fundamental.

Este foi sem dúvida um ponto de viragem na vida de Trigacheiro. Para casa levou como prémios um contrato discográfico com a Universal Music Portugal, um curso de Jazz e Música Moderna na Universidade Lusíada e um automóvel.

No entanto, e como todas as moedas têm dois lados, apesar de gostar da abordagem das pessoas na rua e o carinho que recebe, o cantor lamenta que algumas não respeitem o seu "espaço".

"Há pessoas que sabem respeitar e outras nem tanto. Mas também faz parte de nós mostrar que há um limite. Podemos falar um bocadinho, estar ali à conversa, mas quando está bom, está bom. Eu sempre fui assim. Não pretendo ser amigo de toda a gente, quero ajudar todos, mas quando começo a ver que há interesses... é normal faz parte", desabafa.

Perguntámos ainda a Luís se gostaria de um dia representar Portugal na Eurovisão, caso ganhasse o Festival de Canção. Esta é uma possibilidade que vê com bons olhos. "Para mim seria uma honra se acontecesse, acho que se enquadrava muito. Mas requer uma boa canção, sem dúvida".

Refira-se, no entanto, que o Festival da Canção não está incluído nos planos de Trigacheiro para breve. Atualmente está ocupado a tentar perceber de que forma poderá aproveitar este reconhecimento espontâneo tendo em conta que a pandemia tem dificultado em muito a vida aos artistas.

"Agora quero saber se posso trabalhar. O que posso ou não fazer. Como é óbvio quero aproveitar a popularidade para arranjar mais concertos. É a primeira vez que estou em palco sozinho e é o meu nome que está em jogo. Quero fazer bem feito", diz com especial sentido de responsabilidade.

"E o que é diria ao Luís no dia da prova cega tendo passado por tudo isto?": "Dizer a mim mesmo para não ficar nervoso não iria resultar, mas talvez lhe dissesse para relaxar mais, para desfrutar acima de tudo. Depois para se concentrar mais, porque quando não se concentra não passa para o público, foi isso que aconteceu nas batalhas".

Aproveite para recordar a prova cega de Luís Trigacheiro:

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