Humberto Carrão está indignado com a morte de um adolescente de 14 anos no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, no Rio de Janeiro, no Brasil, no início da semana. João Pedro Pinto foi baleado por um agente durante uma operação conjunta da Polícia Federal, com apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais. "A polícia chegou lá de uma maneira cruel, disparando e atirando granada, sem perguntar quem eram", lamentou Neilton Pinto, pai do adolescente.
"Se eles conhecessem a índole do meu filho, se soubessem quem ele era, não faziam isso. Meu filho é um estudante, um servo de Deus. A vida dele era casa, igreja, escola e jogar no telemóvel", criticou o progenitor. Humberto Carrão, ator, apresentador, realizador e guionista de 28 anos, que pode ser atualmente visto nos ecrãs portugueses na telenovela "Amor de mãe", exibida pela SIC, utilizou as redes sociais para condenar a operação e a atuação das autoridades policiais do seu país.
"O direito de aniquilar a vida não deve ser [o] objeto essencial do poder. O corpo negro não pode ser o principal alvo dos investimentos desse mesmo poder. O principal problema deste país é o racismo. É a verdadeira razão para que nunca tenha aqui existido democracia. João Pedro [Pinto] tinha 14 anos e foi assassinado pela polícia genocida do estado genocida do Rio de Janeiro", acusou o artista, que identificou Wilson Witzel, governador do Rio de Janeiro, na publicação.
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