O ator português Heitor Lourenço foi detido e interrogado pela polícia francesa, por suspeita de terrorismo, quando se preparava para voar de Paris para Lisboa num avião da Transavia.
Alvo de denúncia por parte de um dos viajantes, que estranhou vê-lo a ligar o “tablet” e a recitar um texto em língua tibetana, Lourenço, de 47 anos, seguidor da religião budista, teve de sair do aparelho, tal como os restantes passageiros, tendo sido levado por dois polícias para a esquadra de Orly.
Informado que estava ali por “suspeita de terrorismo”, o ator foi libertado ao fim de seis horas de interrogatório e de outras formalidades burocráticas, naturalmente, sem qualquer acusação.
“Foi tudo tão insólito e estapafúrdio que cheguei a perguntar aos polícias se aquilo não seria uma cena para um programa televisivo de ‘Apanhados’…”, revelou o ator, já em Lisboa e refeito do susto.
Na esquadra, Heitor Lourenço soube que o denunciante tinha dito à polícia tê-lo ouvido a recitar o Corão em voz alta, incluindo uma passagem que falava de “morte” e “bombas”.
Desfeita a confusão e já em liberdade, o “Moisés” da série da RTP1 “Bem-vindos a Beirais” disse que não ficou zangado, “apenas um pouco embaraçado”, e que o incidente teve pelo menos o mérito de provar que as pessoas, em geral, e as autoridades, em particular, estão vigilantes em relação aos terroristas.
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