Foi considerada pelo público Revelação do Ano, concretizou o desejo antigo de contracenar com Dalila Carmo e estreou-se no cinema. 2014 foi assim. Em 2015 e 2016, queria fazer muito mais mas, acima de tudo, continuar a ser feliz. E foi o que fez. Em 2017, Sara Matos brilha na telenovela «Amor maior», transmitida pela SIC. Em entrevista à Prevenir, a atriz recorda os últimos anos e revela como lida com a fama. Veja também a galeria de imagens que fez para a capa da publicação.

Em 2014, ganhou o globo de ouro na categoria Revelação do Ano. Como lida com o protagonismo que o prémio lhe trouxe?

Não o sinto como protagonismo, mas como um reconhecimento que me ajuda a ter mais vontade de melhorar, de me formar e de arriscar, como aconteceu esse ano, em que fiz uma personagem completamente diferente das anteriores [foi a vilã da novela «O beijo do escorpião da TVI]. Desde o Globo de Ouro, fiquei mais confiante, com mais garra. Já estou mais crescida, as pessoas já conhecem o meu trabalho e isso dá-me vontade de arriscar mais.

Passa a imagem de alguém que mantém os pés na terra, sem deslumbramentos…

Gosto de ter incertezas na vida. A única certeza que tenho é aquilo que sou agora e isso ajuda-me a aprender e a querer ser melhor. Sou uma rapariga comum a tentar fazer o meu trabalho da melhor maneira, tendo consciência de que tudo acaba. As melhores e as piores fases!

Claro que tenho orgulho no meu percurso e sou ambiciosa, mas sei que ainda tenho muito para aprender. Sei o que alcancei, sei que posso arriscar, mas que não vou ter sucesso em tudo. Já tive algumas derrotas. Faz parte…

Há uns tempos, participou numa iniciativa da Make-a-Wish, uma associação que trabalha para realizar desejos de crianças doentes. Como foi a experiência?

Brutal! Quando tenho tempo, gosto de participar neste tipo de iniciativas. A Lara [uma das crianças participantes na iniciativa] passou o dia comigo e assistiu a uma sessão fotográfica para uma revista. Foi engraçado poder mostrar-lhe o outro lado.

Marcou-me porque lembro-me de ser pequena e achar que havia pessoas que nasciam com uma pele maravilhosa, carismáticas. Folheava as revistas e pensava que não havia ninguém mais bonito. Nessa altura, gostaria de ter sabido que, na realidade, há ali imensos truques. Maquilhadora, cabeleireiro, luzes…

O que faz para evitar que o stresse e a pressão que a notoriedade também traz a afetem?

Prefiro ver a vida de forma positiva, encará-la sem grande stresse e, na verdade, não sinto uma grande pressão dos fãs, pelo contrário. Gosto quando as pessoas me cumprimentam e falam do meu trabalho. Mas também sei o que me faz bem, como é o caso da alimentação saudável e do exercício. Haverá melhor forma de manter o equilíbrio e a linha? Não há!

Veja na página seguinte: A atriz portuguesa com quem Sara Matos gostava de contracenar

Que desejos ainda tem?

Sempre quis trabalhar com a Dalila Carmo e, em 2014, tive essa oportunidade. Foi o melhor presente que me podiam ter dado! Em 2015, disse publicamente que gostava muito de contracenar com a atriz Rita Blanco. Adorava! E quero muito fazer teatro. Para além disso, em fevereiro do ano passado, foram lançados «O pátio das cantigas» e «O leão da estrela». Foi a minha estreia no cinema.

A nível pessoal, quais são as suas resoluções para este ano?

O meu maior objetivo é estar bem comigo mesma, estar feliz e apostar na minha profissão. É o que me completa neste momento. Não ambiciono o que possa vir a ter. Acho que é mais importante ser do que ter.