A design de interiores Cristina Jorge de Carvalho conquistou o prémio para a categoria conceptual do International Design Awards com o seu projeto para a Fundação Champalimaud.

O que representa para si o prémio atribuído pelo International Design Awards?

Representa o reconhecimento internacional e independente da assinatura Cristina Jorge de Carvalho.

Conquistou o título na categoria de Design de Interiores Conceptual...o que significa este termo para o grande público?

Categoria conceptual significa que é um projeto que não chegou a ser realizado/implementado. A Fundação Champalimaud optou por não executar nenhum dos projetos apresentados - foram consultados 3 gabinetes de design e arquitetura de interiores- tendo optado por uma solução interna.

Como descreve o trabalho vencedor?

Quase todos os projetos que desenvolvo me seduzem, mas este apaixonou-me particularmente. Pela Fundação em si epelos objetivos a que se propõe e que me são de alguma maneira próximos. Por essa razão, decidi apresentar a candidatura. Esta é também uma forma de partilhar com o público um bom trabalho de design e arquitetura de interiores.

Como tem corrido o ano - tido como um ano de crise - para a Cristina, especificamente na área onde trabalha´?

A crise é europeia e faz-se sentir em todas as áreas. Sente-se mais na área dos projetos públicos - hotéis, escritórios, lojas, spa's . As empresas não estão a refazer escritórios, não estão a abrir novas lojas e, em termos de hotelaria, também houve um abrandamento.

O seu trabalho já está internacionalizado. Aspira novos mercados?

Claro que sim. Poder deixar a minha assinatura em diferentes latitudes e longitudes é extremamente gratificante e é obviamente um desafio, pois executar um projeto em Londres é diferente de executar o mesmo projeto em Marrocos, ou no Caribe. E isso é muito motivador.

Ser designer de interiores é uma profissão "de risco" neste momento em Portugal?

Infelizmente não me parece ser a única profissão de risco em Portugal. Muitas são as profissões de risco neste momento. Ser jovem é um risco em Portugal, por exemplo. A crise é transversal na nossa sociedade e infelizmente afeta todos, direta ou indiretamente. Mas depende muito do target/mercado.

Os portugueses têm comprado menos casas e optado por redecorar as suas…
Na verdade, estou a fazer vários projetos de arquitetura de interiores de casas particulares em Portugal. Compram-se menos casas, sem dúvida, mas quem procura uma casa muito boa não tem muita oferta no mercado e normalmente opta por fazer a sua casa. E esse mercado continua a existir.

Quais as suas aspirações para 2012?