É uma notícia à qual ninguém ninguém consegue ficar indiferente: Luís Aleluia morreu esta sexta-feira, aos 63 anos. De luto ficou todo um país que há muitos anos se rendeu ao seu talento.

O ator foi "encontrado sem vida em casa", conforme revelou Flávio Furtado no 'TVI Extra', minutos depois de Herman José ter avançado com a notícia da morte.

Ao inesquecível personagem Tonecas, a que Luís Aleluia deu vida em 1996, juntam-se muitos outros, tanto em teatro como em televisão. 'Golpe de Sorte' (2020), 'Patrões Fora' (2021), 'Pôr do Sol' (2021) e 'Festa é Festa' (2023) são alguns dos seus projetos mais recentes.

O artista ia estrear, em setembro, uma nova temporada da peça de teatro intitulada 'Que Bonito Serviço'. A mesma estaria em cena no Auditório dos Oceanos, do Casino de Lisboa.

No final de 2021, Luís Aleluia passou a integrar a direção da Casa do Artista, instituição que presta apoio a pessoas que exerceram funções ligadas às artes. A este projeto, dedicou-se intensamente nos últimos anos.

"Anos cheios de talento" e a "notícia tão triste"

As reações à triste notícia não tardaram em chegar e muitas têm sido as figuras públicas que fazem questão de homenagear Luís Aleluia. Em muitas dessas partilhas, feitas nas redes sociais, é destacada a bondade do ator, bem como seu talento, principalmente como comediante.

Numa das primeiras reações, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, fez questão de recordar o ator, destacando que Luís Aleluia era "um homem bom e excelente comediante".

Ainda durante a madrugada deste sábado, Noémia Costa recordou uma fotografia de ambos e na legenda dirigiu-se a Luís Aleluia como o seu "mano do coração". "Como hoje me disseste 'amo-te' e eu te respondi 'também te amo'. E vou amar-te sempre. Ser humano enorme e altruísta, meu mano querido. Estou com a Zita com os miúdos e só faltas tu. Deus te receba na Sua Glória. Obrigada por tanto ao longo dos anos cheios de talento", pode ler-se.

"Acordar para uma notícia tão triste", escreveu Diogo Infante, que endereçou ainda um "forte abraço à família".

A cantora Nucha diz que "não dá para acreditar" na notícia e neste momento difícil quis deixar uma palavra de apoio à companheira do ator, Zita Favretto. "A cultura portuguesa fica tão mais pobre", escreveu ainda.

A apresentadora Vanessa Oliveira diz estar "completamente em choque". Sublinha ainda que esta morte a deixou a pensar "no suspiro que somos nesta vida" e lembrou que o ator foi padrinho de um dos noivos de Santo António.

"É tão cruel ver partir um amigo que receio nunca encontrar palavras suficientemente justas para o elogiar", escreveu Jorge Gabriel em mais uma emocionada reação. O apresentador da RTP destaca que Luís Aleluia era "exemplar".

Também Luísa Ortigoso, com quem Luís trabalhou em 'Pôr do Sol', já reagiu à morte do ator, dizendo que este "ainda tinha muito para mostrar, muito para fazer".

A cantora Ágata, na legenda de uma imagem de ambos, desejou que o amigo "esteja rodeado de luz" e garante que este será "sempre lembrado".

Nuno Santos, diretor da CNN Portugal, refere que Luís Aleluia era "um grande ator cómico, com o 'tempo' que a comédia pede". "Deixa saudades. Nos amigos e naqueles que, nunca o tendo conhecido, também sentem ter perdido alguém que lhes era próximo", acrescentou.

Fernanda Serrano diz que o "eterno menino Tonecas partiu sem deixar aviso" e que pessoas como Luís Aleluia, "de coração bom e leve", deveriam "ficar a distribuir amor e sorrisos por muito mais tempo".

Manuel Melo, que atualmente partilhava com Luís Aleluia as gravações da novela 'Festa é Festa', destaca que a morte do ator "trará saudade difícil de superar".

"Façam o favor de ser felizes".

Cerca de doze horas antes de ser conhecida a notícia da sua morte, Luís Aleluia havia feito uma publicação nas redes sociais. Nela, destacou fotografias ao lado da mulher e dos dois filhos. Na legenda, citou uma frase emblemática de Raul Solnado: "Façam o favor de ser felizes".

Luís Aleluia nasceu em Setúbal, a 23 de fevereiro de 1960. Foi pela RTP que passou o seu início de carreira em televisão, com destaque para projetos como 'Sétimo Direito' (1988), 'Duarte e Companhia' Nico D'Obra' (1994). Era casado com Zita Favretto e tinha dois filhos, que decidiu adotar.

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