"Isto devia ser proibido", disse Pedro Nuno Santos, sem conter as lágrimas, depois de ver vídeos da família a lembrar o passado. O líder do PS esteve hoje, 20 de fevereiro, no programa 'Dois às 10' à conversa com Cristina Ferreira e Cláudio Ramos.

"Desde que era miúdo que me senti sempre inconformado com aquilo que via. Tive sorte com a minha família, mas não via isso à minha volta", afirmou, recordando a carreira intensa do pai, que era empresário.

Foi precisamente sobre o pai, neste caso a ausência que dele sentiu ao longo do seu crescimento, que falou, confessando que gostava de ter passado mais tempo com ele.

"O meu pai trabalhava sete dias por semana. Conseguiu ter sucesso, mas isso tirava disponibilidade", reconhece.

Tendo isto em conta, Pedro Nuno Santos confessa que tem medo que o filho - Sebastião, de sete anos - passe pelo mesmo. "Ele não tem gerido bem. Sente muito a ausência do pai, faz notar isso e isso preocupa-me", sublinha.

"Tenho receio de tirar tempo de convivência com o meu filho e de me arrepender mais tarde", afirma ainda, abrindo o coração.

Neste sentido, o político destaca que caso seja eleito primeiro-ministro espera conseguir conciliar melhor a carreira e a família, até porque este equilíbrio é fundamental para o seu bem-estar. "Tenho esperança, apesar de tudo, que na campanha seja pior. Tenho de encontrar forma de equilibrar. É impossível ser um bom primeiro-ministro e ser um mau pai, ou mau companheiro. Quero continuar a ter a minha vida, quero aproveitar a minha família. As coisas têm de ser compatíveis. De outra forma vou fazer um mau trabalho enquanto primeiro-ministro", defende.

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