O programa 'Big Brother' esteve esta terça-feira no centro de uma polémica depois de um dos concorrentes, Hélder, ter sido castigado, com uma nomeação direta, pelo facto de ter tido comportamentos de alegada discriminação sexual.

Em causa esteve o facto de o participante ter dito, em tom de brincadeira, que preferia ser "mulherengo" do que como Edmar - concorrente que se assumiu desde o primeiro dia como homossexual. E se o comentário não caiu bem a muitos, que manifestaram o seu desagrado nas redes sociais, outros consideraram a atitude da TVI exagerada e feita apenas para conseguir maior número de audiências.

Com as críticas à estação de Queluz de Baixo a subirem de tom, Nuno Santos, diretor de programas do canal, usou as suas redes sociais para responder à polémica.

"Vai por aí uma grande discussão sobre se, confrontada com um comentário onde a discriminação sexual existiu, a TVI fez bem ou fez mal, exagerou na dose e - velho pecado - foi à 'procura de audiências'. Sejamos claros: o concorrente Hélder para defender o seu estatuto de 'mulherengo', sublinhou que, antes tal, que ser como um outro concorrente de orientação sexual diferente. Nas sociedades ocidentais estas graçolas boçais que sempre visam os que são diferentes, os que estão mais expostos, tantas vezes mulheres ou crianças, já tiveram um preço muito elevado", começa por referir, explicando o motivo pelo qual a TVI resolveu tomar medidas perante tal comportamento.

"Não, o Hélder não foi fisicamente agressivo, tentou até ser subtil no seu comentário, tê-lo-á feito como exibição da sua masculinidade. Mas, ainda que assim fosse, ainda que assim seja, o tema não tem relevância?! Era imperativo mostrar e contextualizar a situação - aliás exibida em direto - e aplicar as regras. São as regras de um programa de televisão, mas reflectem a lei e o bom-senso que, sendo por vezes raro, é quase um super poder. A TVI fez o que devia fazer. Qualquer outra atitude poderia ser entendida, até mais elogiada, mas nunca seria adequada aos tempos em que vivemos. Estamos em 2020", completou.

Veja abaixo a publicação completa:

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