Diogo Infante acaba de divulgar a sua programação para o Teatro Nacional D. Maria II. O principal objectivo do novo director artístico da casa fundada por Garrett é democratizar o teatro: "A cultura não pode ser para uma elite. Os espectadores têm que ter necessidade de vir ao teatro, querer saber o que se passa aqui, que espectáculos são estes".
Para que isto aconteça, Diogo Infante admite que é obrigação dos responsáveis manterem-se atentos às necessidades do público: "A nossa ideia é abrir as portas, convidar as pessoas a entrar, arejar o teatro".
Diogo Infante, que geriu com sucesso o Teatro Maria Matos, deverá usar esta experiência para obter os mesmos resultados no Teatro nacional, que reabre a 5 de Março com o espectáculo "Esta Noite Improvisa-se", de Pirandello.
Na programação apresentada surgem ainda espectáculos dos Artistas Unidos, Rui Mendes, O Bando e Escola de Mulheres.
Orçamento sem derrapagens
O orçamento para compor o programa até Julho não ultrapassou os 1,5 milhões de euros. Cumprir este orçamento, sem derrapagens, é um ‘must' para o novo director artístico e para a Administração, representada por Maria João Brilhante: "O Teatro Nacional tem de deixar de ser visto como um sítio onde existe muito dinheiro, onde se vai esbanjar".
Recorde-se que o Teatro Villaret e o Teatro da Politécnica, que durante a direcção de Carlos Fragateiro se tinham mantido afectos ao D. Maria, foram agora separados do Teatro Nacional por serem projectos "financeiramente incomportáveis".
Joana de Sousa Costa (texto)
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