Cláudio Ramos encontra-se ausente da televisão por estar a gozar as suas merecidas férias. Tempos de descanso que trouxeram à memória do comunicador as férias de verão em que ia de autocarro para Villa Nova de Milfontes e sempre com o dinheiro contado.

"Do tempo em que passava o verão em Villa Nova de Milfontes, levava um rolo com 24 fotografias e esperava ansioso pela sua revelação. Do tempo em que não tinha telemóvel. Usava o fax, o telefone fixo e acho que um bip. Do tempo em que não tinha carro. Fazia o caminho de autocarro", lê-se na legenda de uma fotografia captada há 24 anos, em 1998.

"Do tempo em que ia com lanche para a praia para aproveitar o máximo de tempo e poupar dinheiro. Levava sandes de queijo, atum com tomate, queijadas e bolos de arroz. Comprava sempre fruta na mercearia. E levava água que metia de véspera no congelador. Do tempo em que não comia bolas de Berlim todos os dias na praia porque preferia guardar o dinheiro para o lanche do fim da tarde, onde comia dois croissants mistos com manteiga e bebia um leite com chocolate na Mabi. Era um regalo! Depois chegava a casa queimado do sol, tomava banho, usava um after sun barato que comprava em Badajoz, vestia uma roupa fresca, metia uma camisola nas costas, que Vila Nova é ventosa à noite, e ia dar um passeio", recorda.

Cláudio Ramos confessa que "sonhava ter lá uma casa" e "desejava ter dinheiro para voltar sempre". No tempo de agora, conta, ainda pensou comprar a casa que o "obrigasse a voltar sempre para lá", mas acabou por desistir. "Não adiantava. Este tempo não traz o outro", nota.

"Esta fotografia é do do tempo em que não valorizava o que tinha, porque achava que não teria tempo à frente para o que queria. Era sôfrego. Afinal o tempo veio confirmar que teria tempo. Estava em 1998. Tinha 25 anos.

O importante deste tempo, é não esquecer o outro! Aproveitem o vosso", termina.

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