Ainda se considera o Marcelo Rebelo de Sousa da imprensa cor-de-rosa?
Ainda. Acima de tudo porque lhe acho graça, e ninguém lhe fica indiferente. Mas não me levo tanto a sério como o professor Marcelo. Ele tem mais propriedade...
O professor Marcelo fez algum comentário à sua afirmação quando a leu na imprensa?
Que eu saiba, não. Mas é sempre muito simpático comigo. É, acima de tudo, uma pessoa educada e bem formada e não levaria a mal tamanha comparação.
Continua a fazer crítica social no novo programa de Júlia Pinheiro, na SIC. Já não se imagina a fazer outra coisa?
Não gosto da expressão 'critica social'. Não me levo assim tão a sério. Faço muitas mais coisas e prefiro achar que sou um comunicador nato, que fala de fama como fala de poupança, de roupa, de crise ou de outra coisa qualquer... Sempre coerente, isso sim, é a minha imagem de marca.
O seu sentido crítico deve trazer-lhe muitos amargos de boca, nomeadamente alguns inimigos. Já o ameaçaram?
Uma vez. Um futebolista disse que me partia as pernas, e eu pensei que ele não estava a ver bem o filme, porque as pernas fazem-lhe mais falta a ele. Mas isso foi há muito tempo, hoje tenho a certeza que as pessoas, além de me respeitarem e entenderem o meu trabalho, nutrem um enorme carinho por mim. Sou único e uma referência na minha maneira de fazer comunicação.
A sua parceria com a Ana Marques, nas manhãs da SIC, é cada vez mais divertida e teatral. Ainda não lhe apeteceu experimentar a representação?
A Ana foi a maior surpresa profissional de toda a minha vida. Sinto-me 'casado' com ela televisivamente e não tenho a mais pequena dúvida que químicas destas acontecem raramente. Vamos ver que caminho nos reservam... A representação não é o meu forte. Já recebi convites que recusei por não me achar capaz. Acima de tudo, trata-se de uma questão de respeito pelos actores e pelo público.
Que revistas e jornais lê diariamente?
Leio tudo o que se publica todos os dias. Tenho muitos contactos e chega-me muita informação de vários lados.
Trabalha quantas horas por dia? Como é o seu dia normal de trabalho?
Não tenho rotinas porque não quero! Regra geral e nos dias de programa ou exteriores, que são quatro dias por semana, quase sempre, estou na SIC às oito da manhã. Leitura de jornais e pequeno-almoço, reunião com a equipa geral, depois com a equipa do ‘Jornal Rosa' - que é a minha sombra, mas imprescindível. À tarde faço treino de ginásio e escrevo os conteúdos que tenho que fornecer para vários lados, vejo emails, orçamentos, faço propostas, escrevo, escrevo... Invento o meu dia para que seja diferente. Além de tudo, faço a lida da casa.
Mudando de assunto, qual é a mulher mais elegante de Portugal?
É difícil. Temos muitas. A elegância vai além da maneira de vestir...
E o homem?
Não há tantos, porque, regra geral, confunde-se elegância com beleza. Temos homens com pinta.
Segue a moda? Quem é o seu estilista preferido?
Sou muito amigo de criadores portugueses. Em certos eventos visto só coisas feitas por nós. Miguel Vieira, João Rolo, Tenente... por exemplo. Mas não sigo a moda, reciclo a minha moda.
Continua a ir ao Alentejo com regularidade ver a sua filha? Já tem quantos anos?
Fez no domingo sete anos. Vou sempre ao Alentejo, é lá que está a minha base.
O que lhe diz a sua filha quando o vê na televisão?
Para a Leonor é uma situação normal. Não faz grandes comentários, é para ela uma realidade como outra qualquer.
Quais são os seus próximos projectos?
Ser feliz... ritmadamente feliz.
Onde passa férias habitualmente?
Parte em Portugal, parte fora do país... Como já fui apanhado e fotografado em férias no estrangeiro, prefiro não revelar para onde vou.
Viaja muito? Quais são os seus destinos de eleição?
Não posso nem tenho tempo para viajar muito. Gosto de Barcelona, que é aqui ao lado, Paris, Londres...
É organizado? Programa a vida ao segundo?
Sou muito organizado no dia-a-dia. Mas a vida não se controla - quando temos a intenção de o fazer, ela dá a volta. É soberana!
Qual é a sua maior qualidade? E defeito?
Sou demasiado objectivo, o que umas vezes pode ser bom e outras mau...
É vaidoso? Quanto tempo demora a arranjar-se antes de sair de casa?
Sou vaidoso mas nem metade do que se imagina. Não demoro sequer trinta minutos a sair de casa.