Meses e meses de trabalho foram por água abaixo. Emídio Rangel, ex-director da SIC, apresentou o seu projecto para um quinto canal generalista de televisão mas, devido aos custos elevados que propôs, as suas ideias foram chumbadas pela Zon Multimédia.

O modelo defendido pelo jornalista pressupunha uma aposta forte na Informação, uma área que exige um investimento elevado em termos de produção. No seu projecto estava prevista a contratação de mais de 100 jornalistas e 300 técnicos, o que foi considerado muito acima das possibilidades da empresa.

A Zon Multimédia, condicionada pela crise global e pela recessão, inclina-se para um projecto "mais realista" do que aquele que Rangel propôs aos accionistas - e por isso a administração, presidida por Rodrigo Costa, rejeitou o estudo do jornalista.

Emídio Rangel vai continuar, entretanto, a trabalhar como consultor da empresa, à qual está ligado por um contrato de trabalho. O jornalista tem-se mantido incontactável para comentar a rejeição da sua proposta, hoje referida por vários órgãos de Comunicação Social.

Longe vão os tempos em que a SIC e a TVI puderam investir 49,8 milhões de euros no seu arranque, nos anos 90. Segundo o "Diário de Notícias", a Zon Multimédia não está disposta a gastar mais do que 25 milhões de euros.