Ano novo, programação nova. Ou melhor, quase nova. Num evento que aconteceu esta terça-feira, dia 7, a SIC apresentou aos jornalistas as novidades que 2025 trará para a grelha do canal.

Em declarações à imprensa, Daniel Oliveira, Diretor-Geral de Entretenimento e Diretor de programas da estação, falou sobre as novas apostas, que acontecem num momento particularmente difícil em que o canal de Paço de Arcos perde nas audiências frente à rival TVI.

As novidades que vêm aí

Questionado se a renovação se prendia de alguma forma com os maus resultados, Daniel notou que não, afirmando que tal não impediu que a SIC olhasse para aquilo que podia "ser melhorado nos diferentes horários".

"As apostas que fazemos nesse sentido procuram diversificar ainda mais a antena. Vamos ter um novo concurso com o César Mourão, o 'Family Feud', um novo programa de experiência social com o 'Casados à Primeira Vista', 'A Máscara' que já estreou, uma nova novela, 'A Herança', que estreia brevemente, e uma outra novela que vai entrar em produção", realçou.

As novidades não se ficam por aqui. Conta Daniel que será gravada uma nova temporada do programa 'Não Há Crise', e que o formato 'Estamos em Casa', regressará, mas aos sábados à tarde. Para além disso, será feito o "reforço dos canais temáticos", destacando ainda a nova temporada da série 'O Clube', que pode ser vista no streaming OPTO.

Realçou-se uma vez mais as audiências, francamente baixas nos últimos meses. Daniel Oliveira assegurou que independentemente do contexto, a SIC faz questão de renovar a grelha todos os anos. "Queremos que essa renovação permanente exista nos programas, quer naqueles que já estão em antena, quer em outros que nós queremos preparar".

O que vai acontecer ao programa de Júlia Pinheiro?

Outra das dúvidas existentes era em relação ao programa de Júlia Pinheiro, sobretudo depois da imprensa dar conta de despedimentos na equipa da produção.

"O 'Júlia' é um dos formatos que está há mais tempo em antena na SIC e, portanto, pretendemos que o programa seja mais condensado e com mais tempo para preparar melhor cada uma das histórias. O que acontecia até o ano passado é que nós tínhamos duas, três histórias, às vezes quatro histórias por programa, sem muitas vezes ter o tempo necessário que pretendemos ter para as trabalhar", justificou.

Para Daniel, o facto de se ter alterado o horário do programa de Júlia, uma vez que passou apenas a ser transmitido de segunda a quinta, permite que a apresentadora desloque-se mais para o exterior para gravar histórias.

"Acreditamos que o programa precisa ser um pouco mais curto e, com isso, termos mais tempo para ser trabalhado", completou.

Uma retrospectiva de 2024: o que falhou

"Relativamente a 2024, de acordo com o plano estratégico, o que na sua perspectiva falhou para que a SIC não mantivesse a liderança?", questionou-se.

"Eu acho que nós fizemos um conjunto de apostas que repetiríamos neste ano, sabendo o que sabemos hoje. Vivemos num ecossistema em que os concorrentes também têm as suas apostas, portanto acredito que naquilo que nós fizemos há coisas que podemos melhorar. Temos a humildade de o reconhecer", realçou.

"Vivemos num momento de alta fragmentação, os passos que temos dado, quer no posicionamento no streaming, nos podcasts, nos canais temáticos, também faz com que a nossa audiência base não se circunscreva àquilo que é o canal generalista. Os canais generalistas e as empresas vivem também desafios que passam pela sua sustentabilidade. Temos que ser responsáveis economicamente nas apostas que fazemos e é isso que temos procurado fazer", completou.

Questionado se a reconquista da liderança, perdida no ano passado, era um objetivo, Daniel afirmou: "O principal objetivo passa pela sustentabilidade da nossa oferta. As apostas também têm que ter uma preocupação com a receita publicitária que está subjacente. Se a liderança vier depois disso é bem-vinda. Lutamos para ter cada vez mais público, mas os passos para lá chegarmos têm a montante uma série de outros objetivos que não passam exclusivamente pela liderança tal como a conhecemos hoje em dia".

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