Manuel Luís Goucha foi uma das personalidades nacionais a ser convidada para fazer parte do projeto, ‘Beleza não tem idade’. Tal como o próprio apresentador explica no seu blogue, esta foi uma campanha promovida pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que juntou mais de “100 figuras conhecidas de diversas áreas, como televisão, teatro, cinema, moda”.

O projeto tem como objetivo sensibilizar para o preconceito que existe em relação à idade.

Goucha deu a sua opinião sobre este assunto:

“Apesar do que já se conseguiu a nível da mudança de mentalidades, o preconceito sobre os mais velhos continua disseminado na nossa sociedade e é visível em áreas tão diversas como, por exemplo, a do trabalho ou a da saúde. Entendo como falaz a ideia de que existe uma idade-limite para que um(a) trabalhador(a) deixe de ser produtivo. A idade aposta no cartão de cidadão não será o melhor indicador do processo de envelhecimento de cada indivíduo, isso dependerá de muitos outros fatores que não, tão só, o da idade cronológica. Os mais velhos apresentam-se hoje com uma autonomia e independência funcional que não há muito julgaríamos impensáveis”, afirma.

Entretanto, dá um dos seus melhores exemplos: “Vejo pela minha mãe, senhora dos seus noventa e dois anos, lúcida e sem achaques de maior, que não dispensa o seu passeio diário pelas ruas da “baixinha” coimbrã, o encontro com as amigas, a ida frequente à pastelaria e ao cabeleireiro e mais ainda tudo o que faz sentir-se viva”, conta.

Por fim argumenta: “Não! Ser velho não é ser doente, incompetente, imprestável. A mudança tem de começar em cada um de nós, na forma de ver, pensar e lidar com o outro, mais velho”.