Bob Weinstein, irmão mais novo de Harvey, também está a ser acusado de assédio sexual por uma funcionária da The Weinstein Company, Amanda Segel.

Amanda diz que tudo começou no verão do ano passado e que se prolongou durante cerca de três meses, até o seu advogado ter entrado em contacto com os executivos da The Weinstein Company para informar que a sua cliente deixaria o trabalho caso a situação não mudasse.

Amanda conta que Bob começou a assediá-la depois de um jantar em Los Angeles, em junho de 2016, e entre os vários e-mails enviados, convidou-a muitas vezes para jantares privados, festas e visitas ao hotel.

“Um 'não' devia ser suficiente. Depois de ouvir um ‘não’, qualquer pessoa devia seguir em frente. Mas o Bob continuou a dizer que queria a minha amizade. Ele não queria uma amizade. Ele queria mais do que isso. A minha esperança é que o ‘não’ seja o suficiente a partir de agora”, disse Amanda Segel à revista Variety.

Por sua vez, o advogado de Bob, Bert Fields, insiste que o seu cliente não fez nada de errado e que a notícia avançada pela publicação está “repleta de falsas declarações”. “Nós temos os e-mails que provam isso, mas mesmo que acreditem no que ela disse, não há nenhuma indicação de qualquer toque inadequado ou qualquer pedido para um toque inapropriado", acrescentou.

Apesar de um porta-voz de Bob ter confirmado que jantaram juntos, este insiste também que o produtor não se “comportou de forma inadequada” em nenhum momento: “O Bob Weinstein jantou com Segel em Los Angeles em junho de 2016. Ele nega todas as alegações de que se comportou de forma inadequada durante o jantar ou depois dele. É lamentável que tal reivindicação tenha sido feita”.

Depois das negações, a advogada de Amanda, Suann MacIssac, criticou todos os “esforços para negar” o alegado assédio como sendo um ato “vergonhoso”.

“A Amanda Segel foi vítima de assédio sexual por parte de Bob Weinstein. Como ela disse: ‘A palavra ‘não’ devia ser suficiente, mas infelizmente não foi o caso. Segel deve ser aplaudida por apresentar as suas verdadeiras alegações. Os esforços para negar o assédio são vergonhosos”, comunicou Suann MacIssac.