A vigésima vez que Tony Carreira subiu ao palco do Altice Arena, em Lisboa, foi na noite do passado sábado, dia 30 de novembro, como convidado do filho mais novo, David Carreira, o artista português mais novo a esgotar aquela sala, com quem gravou recentemente o single "Se eu soubesse". Em declarações exclusivas ao Modern Life/SAPO Lifestyle nos bastidores do espetáculo, num dos intervalos do ensaio final, o artista mostrou-se orgulhoso e saudosista.
Depois de ter sido o pai a encher este pavilhão por diversas vezes, agora foi a vez do filho. O que é que sente, para além do orgulho?
Sinto que tenho um rival em casa... [faz uma pausa e sorri] Claro que sinto muito orgulho nele, porque é a primeira vez que ele sobe a este palco e espero que venha a subi-lo mais vezes. Agora, a primeira vez nesta sala é sempre muito especial. Eu sei porque o que vivi em 2003. Sendo pai dele, sou sempre suspeito, mas, mesmo assim, acho que é sempre algo relevante para alguém, independentemente de ser o meu filho ou não a encher esta sala...
É uma noite duplamente especial porque é um dos convidados que vai estar com ele em palco...
Faltava-me uma vez para completar as 20. Já aqui estive 19 vezes, assim ele ajudou-me a chegar às 20.
Esta sala traz-lhe grandes memórias…
Traz-me memórias fantásticas, eternas. Vivi aqui alguns dos melhores momentos artísticos da minha vida. Não foi só aqui, graças a Deus, mas tive aqui algumas das melhores noites da minha vida artisticamente, sim.
A primeira vez que subiu a este palco, com tanta gente à espera para o ver, o que é que sentiu? Muitos nervos?
Ainda hoje estou nervoso! Isso é uma coisa que qualquer artista sente. A primeira vez foi muito especial. A primeira vez foi o primeiro impacto. Entrar neste palco pela primeira vez, na época em que foi, no momento em que foi, numa altura em que ainda estava a tentar consolidar a minha carreira, foi um momento especial o entrar em palco. O primeiro impacto, o primeiro minuto, foram momentos muito especiais.
E o seu filho está muito ansioso com o concerto?
Ainda não falei com ele! Vim cá porque tenho muito prazer em assistir a estes momentos, aos momentos de ensaios. Gosto de ver os últimos detalhes. São momentos que eu próprio, quando cá cantei, sempre vivi. Vim sempre para cá longas horas antes do concerto porque estes são momentos que aprecio e estou aqui como simples espetador e como pai dele e estou a desfrutar desta sala, que é sempre uma sala espetacular.
Canta também com o David Carreira no novo single dele, "Se eu soubesse". Ficou surpreendido quando ele o convidou para cantar com ele ou o convite não foi propriamente uma surpresa?
Não, já falávamos disso há algum tempo. Acabou por acontecer agora. Podia ter acontecido mais cedo ou mais tarde, é uma canção muito bonita, que aprecio muito, mas que podia ter acontecido antes como depois, a canção surgiu, achámos que era a canção certa e aconteceu.
Qual é a sua canção favorita do David Carreira? Consegue eleger uma ou é-lhe difícil?
O "In love". É, provavelmente, a canção de que tenho alguns ciúmes que não seja minha. E já lho disse!
Vem aí um novo ano. Vai continuar afastado dos discos e dos palcos ou tem projetos para regressar em força?
Em breve, temos aí o Natal, que é uma data que aprecio muito. Sempre apreciei e já estou com o espírito do Natal...
E como é que costuma ser o seu Natal?
Como em tudo o que faço na vida em termos pessoais, não faço a mínima ideia. Nunca planeio nada muito tempo antes. Neste momento, não sei sequer aonde é o vou passar. Há pessoas importantes na minha vida. Será, certamente, com algumas delas que estarei.
E qual era o melhor presente que lhe poderiam oferecer este Natal?
Para mim, o Natal nunca foram os presentes. E não é para ficar bem na fotografia que digo isto! Não ligo absolutamente nada de nada aos presentes de Natal. Quanto menos me oferecerem, mais feliz fico, porque menos me sinto obrigado a oferecer. Acho uma seca andar a comprar presentes. É uma seca tremenda!
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