Amber Heard voltou a falar sobre as alegadas agressões sofridas durante o casamento com Johnny Depp.

Numa noite que reuniu várias mulheres de Hollywood para assinalar um ano desde que o movimento #MeToo foi criado, a atriz partilhou uma carta aberta onde falou de “alguns dos momentos mais dolorosos e difíceis da sua vida”.

A ‘festa’ realizada pela revista Porter decorreu esta terça-feira e a artista leu em voz alta a carta que terá escrito para a publicação em dezembro de 2016, pouco tempo depois de pedir o divórcio a Johnny Depp.

Amber acusou o ator de violência doméstica, alegações que foram negadas pelo artista.

“Vamos começar com a verdade, dura e fria. Quando uma mulher se apresenta para falar sobre o seu sofrimento, sobre injustiça, em vez de ajuda, respeito e apoio, ela será recebida com hostilidade, cepticismo e vergonha. Os motivos são questionados e a verdade ignorada. Não importa o quão terrível ou aterrorizante seja o trauma, a verdade é que pode empalidecer em comparação com o acontece depois”, começa por dizer a carta.

“Não é de admirar que muitos de nós sintam que temos que ficar quietos ou mantermo-nos em segurança para tentar manter a nossa dignidade ao resistir silenciosamente. O medo de ser banido pela comunidade é apenas a perspetiva mais aterradora que existe”, acrescenta. “Mas eu estou aqui para lhe dizer que não há necessidade de fazer esse acordo terrível. Não é fácil levantar a voz, defender-te a ti mesma e a tua verdade e fazê-lo sozinha, mas o nosso mundo está a mudar. Em pé, ombro a ombro, como mulheres, compreendemos um vasto exército de vozes e não podemos aceitar mais o silêncio”, lê-se.