Daniel Oliveira teve este sábado, dia 14, no programa 'Alta Definição' um dos mais surpreendentes concorrentes a participar no programa 'A Máscara': o padre José Luís Borga

Numa conversa onde deixou clara as todas as suas opiniões e convicções sobre aquilo que é mundo atual, José Luís Borga aceitou igualmente recordar o percurso que o levou a seguir a carreira eclesiástica.

"Passeis dois anos a resistir, a dizer que não queria ser padre", confessa, revelando que aos 18 anos entrou no seminário e seguiu as pisadas do irmão.

"Não sou padre porque quero, eu aceitei o chamamento", diz, garantindo que esta decisão, que não considera ter sido uma escolha sua mas sim de Deus, contou com o apoio dos pais.

Ainda no seminário percebeu que mesmo dentro da igreja iria ter de lidar com pessoas com defeitos. "Há no seminário os mesmos defeitos que há na humanidade", defende. "Qualquer pessoa que seja humanista nunca fica escandalizado com Jesus Cristo, pode é fazer escandalizado com algumas expressões da igreja que são muito desumanas".

Sobre relações amorosas, não hesita em dizer que "a paixão "no sentido romântico" nunca o "arrastou". "Mesmo quando eu gosto mesmo de uma pessoa, sinto que seria empobrecedor, quer para ela, quer para mim, que essa relação fosse significativa na minha vida", explica.

Quanto ao celibato, admite que este pode ser um chamamento para o qual nem todos estejam preparados. "A vocação para o celibato é uma chamamento que temos de ver que é tão difícil como ser fiel a uma mulher", assegura.

Definindo-se como um ser imperfeito, aponta a preguiça, a indisponibilidade de aceitar os defeitos das pessoas e a impaciência como os seus principais pecados. "A única coisa que é perfeito em mim é o amor de Deus".

Sobre os grandes males do mundo e, até, da igreja católica, aquele que é um dos padres mais famosos do país reforça a ideia de que não existem seres perfeitos e de que essa consciência deve estar presente em todas as pessoas.

"Deus escreve direito por linhas tortas. Esta pedofilia faz muito bem à igreja, sobretudo a uma igreja que está convencida que é perfeita. Na idade média, era assim que a igreja se definia. Agora, nós percebemos que nos faz mal pensarmos isso de nós próprios. Não somo nada perfeitos", diz, sem medos.

"O mal está vencido, mas ele faz parte da nossa história", completa.

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