'noise | ruído' é uma exposição que, como o nome indica, gira à volta da noção de ruído. O ruído de fundo de uma cidade em convulsão, o barulho das ruas, da construção massiva e do tráfego, mas também o ruído visual e, acima de tudo, o ruído na comunicação.

Da autoria de Angel Ihosvanny, um dos nomes emergentes de uma nova geração de artistas angolanos que nasceu e atingiu a maioridade numa Angola já independente, está patente na galeria Influx Contemporary Art, em Lisboa. É a primeira exposição individual em Portugal deste artista plástico nascido em 1975, que vive e trabalha em Luanda.

Os especialistas classificam o ruído na comunicação em quatro tipos, físico, psicológico, fisiológico e semântico. O ruído físico é exterior ao emissor e ao receptor e engloba todos os sons que tornam difícil ouvir o que é dito. O ruído psicológico é definido como uma interferência mental. Se o receptor está ausente, o ruído na sua mente impede a comunicação.

O ruído fisiológico implica uma patologia que, causando dor ou desconforto, interfere com a comunicação. Por fim, o ruído semântico ocorre quando não há partilha do significado numa comunicação. Quando é utilizada terminologia técnica inacessível a um receptor leigo, por exemplo.

Nesta exposição, Angel Ihosvanny explora estes conceitos e a relação, por vezes menos óbvia, entre ruído e silêncio, com recurso a diferentes linguagens e media, nomeadamente pintura, fotografia e vídeo, além de uma instalação site-specific de grande escala concebida especificamente para a exposição. Para ver até 13 de Novembro de 2010, de quarta-feira a sábado, entre as 14h00 e as 19h00.

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