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Levar os patudos de férias é, cada vez mais, o novo normal. Contudo, há que ter consciência do que é necessário garantir para que, do ponto de vista logístico e de respeito para com toda a comunidade, tal decorra de modo seguro e confortável para todos. Este guia prático, criado por Tiago Magalhães, veterinário da ZU, diz-lhe tudo o que precisa de saber para viajar mais tranquilo e em segurança com o seu animal de estimação

Nas viagens
- Atenção aos enjoos: seja de carro, avião, comboio, autocarro, ou similares, há animais que têm enjoos, vómitos e ficam muito agitados, podendo chegar mesmo a magoar-se nas transportadoras. Para que nada disso aconteça, fale com o seu veterinário. Há medicamentos para o enjoo bem como sprays que, quando colocados dentro das transportadoras, servem para acalmar o patudo.
- Leve uma transportadora adequada: é importante escolher bem a transportadora de modo a garantir que o animal tem o espaço que necessita para se mexer e deitar com algum conforto.
Nos dias de (muito) calor
Existem duas maneiras de manter os animais com as temperaturas controladas durante o tempo quente: através da tosquia e do arrefecimento artificial.
- Tosquia: é válida para algumas raças, como os caniches e os yorkshires, mas há outras que não podem, de todo, ser tosquiadas, como é o caso dos huskys e dos pastores-alemães, já que a sua pelagem dupla, que os mantém quentes no inverno, funciona também como o seu próprio “ar condicionado” de verão. Questione o seu veterinário e a equipa de grooming sobre se é adequado, ou não, fazer tosquia ao seu pet.
- Arrefecimento artificial: há tapetes e brinquedos que se colocam previamente no congelador e que, quando o animal se deita e/ou brinca com eles, acaba por ir arrefecendo a sua temperatura corporal.
Na praia
- Deve levar sempre o seu melhor amigo com coleira ou peitoral e trela.
- Deve recolher sempre todo o seu lixo e dejetos.
- Deve andar sempre acompanhado do documento de identificação do animal de estimação
- Não é permitido o passeio na praia a animais que se encontrem doentes, com o cio, grávidas ou a amamentar com as suas ninhadas.
- No caso de cães de raça potencialmente perigosa, é obrigatório o uso de açaime bem como uma trela curta de até um metro de comprimento.
Nos hotéis pet-friendly
- Marque com tempo: deve confirmar a sua reserva junto do hotel e garantir que o local aceita mesmo animais de companhia e com que requisitos. Muitos deles exigem que o pet não seja considerado de raça perigosa, que tenha a sua vacinação e desparasitação em dia, que seja bem-comportado e se encontre limpo. Para que cumpra todas estas regras, pode precisar de algum tempo para garantir uma visita ao seu médico veterinário e até mesmo a um serviço de grooming.
- Leve consigo: a cama do seu pet, caso esteja habituado e para que possa dormir confortável, e a sua alimentação. Muitos hotéis têm disponíveis comedouros e bebedouros, pelo que, com isso não precisa de se preocupar.
- Peça um quarto no rés-do-chão: para assegurar que não tem que se deslocar muito dentro do hotel e que consegue um acesso à rua o mais rápido possível.
- Promova o exercício do seu pet: para que chegue ao hotel o mais cansado possível e não tenha comportamentos desadequados. Garanta longos passeios para que possa fazer todas as necessidades nos sítios corretos.
- Deixe o quarto e todos os restantes espaços limpos: quanto melhor a experiência para todos, menos restrições serão impostas e mais sítios irão abrir as suas portas aos nossos pets.
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