No coração de Lisboa, a poucos passos da Avenida da Liberdade e do Marquês de Pombal, encontramos um refúgio perfeito para fugir da azáfama do dia-a-dia, descontrair ou recarregar baterias.
Quem passa pela rua Camilo Castelo Branco, talvez não perceba que a porta número 18 alberga mais do que quartos de hotéis e que essa entrada abre-nos portas para uma unidade com muita vida urbana que conta também um pedaço da história da nossa capital.
Era uma vez um convento que se transformou num oásis urbano
O Locke de Santa Joana nasce das ruínas de um convento do século XII que tinha sido construído para os missionários que iam para a Índia Oriental.
Dessa altura, encontram-se alguns elementos nos quartos e corredores que permitem aos visitantes viajar até àquela época e imaginar como era a vida no Santa Joana. Esta foi uma preocupação dos estúdios de design de interiores que colaboraram na criação e transformação do hotel: integrar detalhes modernos em harmonia com elementos do passado. Quer o estúdio Lázaro Rosa-Violán, quer o Post Company, respeitaram o legado histórico e cultural do espaço, seguindo assim a linha estética do próprio grupo hoteleiro que privilegia uma ligação à autenticidade do local.
Outros artefactos descobertos durante a construção encontram-se ou serão exibidos no museu do Locke de Santa Joana que, para além de ser fruto do restauro do antigo convento, é complementado com a construção de um novo edifício.
No empreendimento turístico, onde o passado e o presente coexistem, existem diferentes opções de alojamento que se distribuem por nove pisos e que vão de apartamentos, quartos de hotel a penthouses e suítes. Para além disto e para servir a comunidade local, a unidade oferece amplas áreas sociais, incluindo espaços de cowork, eventos e salas de reuniões, museu, terraço com sundeck e piscina exterior.
Para que ninguém se perca, existem mapas espalhados pelo Locke de Santa Joana que, acredite, são úteis, pois há muito para descobrir – mesmo que não se esteja hospedado na unidade.
Ficar no Locke de Santa Joana
Com diferentes opções de alojamento, os quartos do Locke de Santa Joana foram cuidadosamente concebidos pela Post Company e combinam elementos arquitetónicos históricos com comodidades contemporâneas em tons naturais e materiais de diferentes texturas. Assim, os tecidos de origem local, bem como cerâmicas e acabamentos em pedra, materiais que representam a essência de Portugal, são
contrabalançados com iluminação contemporânea, mobiliário feito à medida e cozinhas totalmente equipadas. Cada um dos atributos do projeto de design de interiores valoriza a herança histórica do edifício, estabelecendo, ao mesmo tempo, uma forte ligação com a cidade.
Comer no Locke de Santa Joana
Para além da entrada pela rua Camilo Castelo Branco, com acesso ao lobby e à receção e onde se encontra o descontraído Café Castro’s (aberto das 08h às 17h), existe outra entrada pela Rua de Santa Marta que convida a cidade a entrar na unidade.
Pela rua de Santa Marta, pode entrar para espreitar o pátio (onde se encontram igualmente elementos do passado) como para almoçar ou jantar.
O Locke de Santa Joana conta com dois restaurantes: o Santa Marta e o Santa Joana. O primeiro é o mediterrânico da unidade e funciona todo o dia. Tem 60 lugares, incluindo lugares ao balcão, juntamente com um grande terraço exterior e um bar com vista para a piscina do hotel. A carta divide-se entre Antipasti, Saladas, Pastas, Pizzas e Grelhados. A primeira secção inclui: Panzanella, Tomate Coração de Boi, Anchovas, Pão Torrado, Azeite ou Paleta de Porco Ibérico. Nas massas, de inspiração italiana, é possível provar Tagliolini, Limão, Pimenta Preta, Manteiga de Manjericão e Amêijoas com Alho, Ervas, Malagueta e Esparguete Fresco de Ovo.
As pizzas bebem da tradição napolitana, preparadas com farinhas Paulino Horta e fermentadas durante 92 horas. A Piccante traz Salami, N’duja, Fior Di Latte, Mel e Malaguetas em conserva; já a Emila é servida com Mortadela, Pistacho, Gorgonzola DOP, Mozzarella e Stracciatella. Da grelha saem as Coxas de Frango Grelhadas com Molho Piri-piri e os Camarões do Algarve.
Com uma oferta centrada nos produtos do mar e da terra, o Santa Joana, que fica no interior do antigo convento, combina o entusiasmo de uma Lisboa contemporânea com a vasta história e tradições gastronómicas de Portugal.
A carta, desenvolvida pelo chef e diretor criativo Nuno Mendes, em parceria com a White Rabbit Projects, privilegia os ingredientes locais e regionais.
As propostas desdobram-se entre Corações de Galinha Grelhados com Molho Pica-pau, Presa de Porco Alentejano com Pasta de Nozes Estufadas, Nabos e Grelos Marinados e Assados, Rodovalho Grelhado com Caldo Gelatinoso, Alliums Tostados e Ervas Frescas, Arroz de Marisco Caldoso, Caranguejo e Lavagante nacional ou Costeleta de Vaca Grelhada, Piso de Ervas Frescas e Tutano – homenagens no prato que podem ser degustadas na sala principal, ao balcão ou na sala interior.
Onde tomar um copo?
A localização do Locke de Santa Joana oferece inúmeras hipóteses para quem quer descobrir a noite lisboeta ou a sua cena cultural. Porém, há dias em que se prefere algo mais exclusivo ou diferente e, nesta unidade, encontra várias sugestões como o Pool Bar, que fica junto ao jardim com piscina.
Para quem procura ambientes mais alternativos e com pinta de serem quase secretos, existe o Spiritland Lisbon, um bar subtérreo com forte componente musical e cocktails de autor e o The Kissaten, um listening bar com uma seleção extraordinária de vinis, bem como a maior coleção de referências de whisky de Lisboa, com conceção e curadoria do grupo londrino Spiritland.
É um must go mesmo para quem não aprecia whisky. O facto de ficar dentro do hotel e de termos de descer para chegar até ao mesmo, confere-lhe um certo secretismo que combina com o ambiente que proporciona.
Também está previsto inaugurar outro bar, O Pequeno, mais intimista e dedicado a champanhe e Martini.
A recente unidade da capital, inaugurada no passado verão, pertence ao Locke, grupo hoteleiro dedicado a aparthotéis que combinam design contemporâneo e um estilo de vida próprio. O Locke de Santa Joana é a 16ª propriedade do grupo e a maior até à data.
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