Hitler nunca quis assumir qualquer relação amorosa porque estava consciente de que a sua disponibilidade seria um fator decisivo junto do eleitorado feminino. Não se enganou. Mussolini dizia que eram mulheres eram como as massas. Existiam para ser violadas.

Estaline não era muito diferente. Violento e cruel com as mulheres, o ditador levava-as ao desespero.

Chegou, todavia, a ponderar o suicídio quando as que lhe eram mais próximas morriam. Franco ordenou as mais bárbaras execuções mas, na intimidade, era influenciado e manipulado pela mulher, que vivia numa ânsia de poder e dinheiro. Todos estes homens adoraram, usaram e executaram mulheres, vivendo com muitas delas um amor daqueles que mata. «Amor que mata» é precisamente o título do novo livro de Rosa Monteiro, jornalista do El País e figura maior da literatura contemporânea espanhola, publicado em Portugal pela Matéria-Prima Edições.

Ao longo de 192 páginas, a autora explica como as grandes relações afectivas dos grandes ditadores, Estaline, Hitler, Franco e Mussolini, mudaram a evolução histórica do século XX. «Falar de alguns dos tiranos mais conhecidos do ponto de vista das esposas, amantes e filhas e do lugar que a mulher ocupava nos seus projetos megalómanos permite aprofundar a compreensão das tragédias sociais, recorrendo à análise das tragédias domésticas», sublinha a escritora, que além de jornalismo também estudou psicologia.

Amores que matam… e moem!