Curiosamente, foi também durante o período pandémico que Eduarda Azevedo explorou a pintura, apesar de já ter tido passagens pelo mundo das artes como música, teatro e dança. “Mais recentemente e durante o confinamento, descobri a pintura e fiquei completamente rendida. Foi como um amor à primeira vista, nunca mais parei de pintar.”
A exercer atividade na sua área de formação, Gestão de Empresas e Marketing, Eduarda Azevedo olha para a pintura de uma forma intuitiva. “Adoro um processo criativo livre, de descoberta, imaginação e experimentação de vários materiais e técnicas. Normalmente pinto a óleo, acrílico, uso técnicas mistas e gosto bastante de compor texturas com diversos materiais, como gesso, areias e outros materiais naturais”, refere a artista.
Sobre a exposição, Eduarda Azevedo sublinha que as “Águas que nos habitam”, remetem o espectador para uma profunda viagem com a sua essência.
Já a diretora-geral da Beltrão Coelho, Ana Cantinho, relembra a importância de apoiar a cultura: “Esta reabertura é a nossa forma de ajudar um setor que foi muito fustigado pela pandemia. Assim, o plano é continuar a apoiar e a defender os interesses dos artistas e permitir aos visitantes um momento de viagem para outras realidades.”
“Cada pintura que faço é uma viagem interna sobre mim mesma, é uma autodescoberta constante e é um processo altamente transformador e libertador. Sinto a pintura como uma forma de expressão de alma, como um ato terapêutico. A pintura permite-me viver o momento presente, sem objetivo específico de chegar a algum lado, mas sim apenas viver o processo de criação”, finaliza a artista, Eduarda Azevedo.
A Galeria Beltrão Coelho (Rua Sarmento Beires, Lisboa) foi criada em 2015 com o propósito de promover e auxiliar o progresso da arte em todas as suas manifestações. A exposição é gratuita e poderá ser visitada até 6 de maio, de segunda a sexta-feira, das 9h00 às 17h30.
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