Deveria ser uma mulher submissa e recatada mas não estava para isso.

Em Roma, no ano 89 da nossa era, as regras ditam que uma mulher deve ser modesta e dependente.

Não deve levantar a voz nem vestir roupas extravagantes e muito menos sair à noite, beber ou desafiar a autoridade.

Envolver-se em assuntos criminais e entrar num território dominado por homens, então, estava completamente fora de questão. Mas Flávia Albia contraria todas estas normas e mais algumas. Vive sozinha na zona boémia de Roma, cultiva amizades pouco recomendáveis e não se coíbe de lutar pelos seus direitos. Filha de um detetive, decidiu desde cedo seguir os passos do pai mas, para ser respeitada numa profissão tradicionalmente masculina, ela sabe que terá de ser a mais rápida, a mais perspicaz, a melhor.

Inspirado em factos reais e num crime na Roma Antiga, «A informadora» de Lindsey Davies é uma verdadeira viagem no tempo que nos permite ver o mundo antigo, sob a perspetiva de uma mulher. Ao longo de 400 páginas, Flávia Albia, a única a reparar que o número de mortes inexplicáveis tem vindo a aumentar na cidade, tenta levar a sua avante. Por não terem ligação entre si nem indícios de violência, os crimes cometidos não levantaram suspeitas.

As denúncias da detetive são ignoradas pelas autoridades, que estão demasiado ocupadas com a organização dos Jogos de Ceres, o momento alto do ano. E até mesmo a própria Flávia Alvia, distraída com a perspetiva de um novo romance, não vê que a morte está demasiado perto de casa. Para saber o resto da história, terá de ler o livro de Lindsey Davis. A autora da obra, publicada pela Asa, do grupo Leya, nasceu em Birmingham no Reino Unido e estudou Literatura Inglesa em Oxford.

Os seus romances policiais passados na Antiguidade Clássica granjearam-lhe fama mundial e diversos prémios literários, nomeadamente o Crimewriters’ Association Dagger, o Ellis Peters Historical Dagger e o Sherlock Award. Em 2009, a cidade de Saragoça atribuiu-lhe um prémio internacional pela sua carreira de escritora histórica. Graças à notoriedade que Roma ganhou com a sua obra, a cidade honrou-a com o Premio Colosseo, em 2010. Em 2011 foi distinguida com o prémio de carreira Cartier Diamond Dagger pela Crimewriters’ Association.

A temerária de Roma