Forte e resistente, a Agave attenuata é uma planta tropical, suculenta, originária da América Central, mais concretamente do México, que pode atingir 1,5 metros de altura. Também conhecida por agave-dragão, agave-pescoço-de-cisne ou agave-cauda-de-raposa, as suas folhas são verde-acinzentadas e emborrachadas, desenvolvem-se em forma de roseta e não têm qualquer espinho como as outras agaves mais comuns na nossa flora.
São plantas muito ornamentais, fáceis de tratar e de propagar, estando cada vez mais presentes nos jardins em Portugal. No jardim funcionam muito bem como planta de destaque em canteiros ou jardins rochosos. Estas são plantas indicadas para jardins em frente ao mar, para jardins mediterrânicos e/ou para jardins sem rega. Também podem ser cultivadas em vasos ou floreiras. Tal como as outras agaves, a agave-dragão só floresce uma vez.
Como plantar e manter
Após a inflorescência e a frutificação, que pode demorar entre 10 a 20 anos, a planta acaba por morrer, dando lugar aos novos rebentos que entretanto foram surgindo. As agaves são plantas de climas quentes e secos. O solo deverá ser preferencialmente arenoso e com boa drenagem dado que não suportam encharcamento. Preferem ser plantadas com plena exposição solar, mas toleram sombra parcial. São também pouco resistentes à geada.
Uma outra característica interessante é o facto dos exemplares de Agave attenuata conseguirem propagar facilmente os pequenos rebentos que vão surgindo ao longo do seu tronco. Também é possível cortar a cabeça de uma agave antiga e curvada e replantá-la novamente no solo, mais baixo, com a ponta direita e mais bonito. As raízes aéreas presentes no seu tronco permitirão um rápido enraizamento, o que é uma vantagem.
As agaves são plantas que exigem poucos cuidados de manutenção, como pretendem muitos jardineiros amadores. São muito pouco vulneráveis a ataques por pragas e doenças. A rega da Agave attenuata poderá ser apenas ocasional, concentrando-se nos meses mais quentes. Recomenda-se a limpeza das folhas mais velhas que vão ficando amareladas ou secas com alguma regularidade para potenciar o desenvolvimento da planta.
Texto: Tiago Veloso (engenheiro florestal)
Comentários