Está prestes a ser inaugurada mais uma edição de "A Arte Chegou ao Colombo". Este ano, a mostra cruza moda, história e arte, e que vai transformar a Praça Central do Colombo num autêntico museu.

Intitulada "Carry me - 100 Anos de Malas", a exposição vai contar a história das malas, desde 1920 até aos dias de hoje e vai reunir exemplares de marcas de luxo que dão a conhecer a evolução do seu design, bem como as personalidades que popularizam a sua utilização, tornando-as icónicas, como Jackie Kennedy ou a Princesa Diana.

Depois de ter percorrido Museus de Arte por todo o mundo e vinda diretamente do Ostergotlands Museum, na Suécia, para a sua estreia em Portugal, a exposição é de entrada livre e fará parte da agenda cultural da cidade de Lisboa entre 10 de setembro e 25 de outubro, das 10h00 às 24h00.

A inauguração está agendada para terça-feira, dia 10 de setembro, pelas 17h00 e contará com a presença do cocurador Alex Susanna e do embaixador, em Portugal, o estilista Valentim Quaresma.

Malas icónicas dos últimos 100 anos vão estar em exposição este mês no Centro Colombo
Malas icónicas dos últimos 100 anos vão estar em exposição este mês no Centro Colombo créditos: Divulgação

Organizada pelo Centro Colombo em colaboração com a Expona – Museum Exhibition Network, “Carry Me” dá aos visitantes a oportunidade de seguir a cronologia das malas, desde as suas origens funcionais até se tornarem status de ícones de moda, nos séculos XX e XXI, ao longo de quatro núcleos.

O primeiro núcleo será dedicado ao período compreendido entre 1920 e 1940, sob o mote "Nova Mulher, Novas Ideias", enquanto a seguinte revela o estilo que esteve em destaque de 1950 a 1960, sublinhando o "Novo Visual".

No terceiro grupo será possível ver de perto ícones de duas décadas: a de 1970, considerada a "Do Mau Gosto", e a de 1980, percecionada como a "Dos Yuppie".

O último ponto da visita incide entre 1990 e 2020, numa sala intitulada "A Digitalização Transforma o Mundo".

Dos exemplares emblemáticos que marcaram cada década, fazem parte, por exemplo, a mala "Kelly" de Hermès, popularizada por Grace Kelly, e a "Chanel 2.55", um símbolo de elegância intemporal.

Além de peças clássicas, a exposição destaca inovações como a Fendi Baguette, um marco das "It-bags" dos anos 90, e o Chiquito de Jacquemus, uma recente tendência que reinventa a funcionalidade das malas contemporâneas.

Porque a moda também é arte, esta é uma experiência para todos os que se interessam pela história e evolução dos objetos que fazem parte do quotidiano e um convite para descobrir de que forma as malas refletem as transformações culturais e sociais do último século.

Com curadoria de Marjo Riitta Saloniemi, Günther Fulterer e Alex Susanna, a exposição é
apresentada através de um projeto arquitetónico concebido pelo Diogo Aguiar Studio. O conceito
criativo e a produção executiva ficaram a cargo da State of the Arte (SOTA) e a direção criativa multimédia foi assumida pela We Are Interactive.

A exposição está integrada no "A Arte Chegou ao Colombo", um projeto pioneiro deste centro comercial que nasceu, em 2011, da vontade de divulgar e promover a interação com a arte de forma livre e acessível a todos.

As exposições promovidas por esta iniciativa, entre as quais se encontram "Leonardo da Vinci – Experiência de Arte Imersiva" ou "100 Anos de Nadir Afonso", já foram visitadas por mais de 1 milhão de pessoas.