“Cada criança que nasce é a prova que Deus não desistiu dos seres humanos”, Rabindranath Tagore.
Cada Ser tem a liberdade de tomar as decisões que lhe apetece, o livre arbítrio. Nasce marcado de características que o tornam único no mundo. O planeta Terra é um Ser lindo que visto do espaço não é igual a mais nenhum deste sistema solar. É um planeta sagrado como tudo o que vem de Deus, tem vida e um plano a seguir. Todos nós amamos as crianças.
O sorriso e a movimentação graciosa de uma criança sempre nos transportam para um reino mágico. Muita desta magia é perdida ao longo do crescimento uma vez que a sociedade e o facto do Ser não nascer sabendo que é sagrado como o planeta, faz com que a essência se perca. As características internas não são respeitadas e estimuladas na maior parte dos casos, e as imposições e orientações generalista e formativas são muitas. O homem tem necessidade de ordem e porque segue este princípio, perde-se. É preciso que cada um se lembre que sua Alma estabeleceu para ele um trabalho particular e que, a menos que realize este trabalho, mesmo não conscientemente, haverá inevitavelmente um conflito entre a Alma e a personalidade, que necessariamente irá se expressar sob a forma de doença física. Muito se tem feito, descobertas maravilhosas, a criação humana não para de crescer, de inventar, de criar mais meios e diversidades mas a cada momento se separa mais e mais de si, do seu interior do conhecimento que revela quem somos, de onde viemos e para onde vamos. A vida energética é intemporal só o corpo físico perece. O desconhecimento das matérias da Alma leva a que o homem não tenha consciência das suas reais capacidades pois poderia fazer se sobretudo ser muito mais do que é neste momento da história.
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Decidir ter uma criança é uma enorme responsabilidade material mas também espiritual. Cada alma não nasce numa família de forma aleatória. Existe um plano divino a ser cumprido e cada Ser priva com o outro porque ambos vão fazer crescimento em conjunto. As crianças nascem puras, sem manias, sem bloqueios. Compete aos pais saber ouvir e perceber que a criança necessita de parâmetros e de ser escutada. Desde o momento que a mulher sabe que está grávida que começa uma relação que deve ser cuidada e estimada em todas as suas vertentes. Diria até, desde o momento que o casal decide ter uma criança ou sabe que a gravidez é um facto que esta relação deve estar imediatamente presente. Sabendo que somos uma alma é mais fácil perceber que mesmo com o corpo físico em formação na barriga da mãe o Ser já está a registar, a ouvir tudo o que se passa a sua volta. A primeira infância é o período de mais intensa formação da alma da criança. Estar num corpo físico nem sempre é fácil. Lidar com a matéria parece uma enorme loja de brinquedos.
A curiosidade da criança é imensa e a vontade de experimentar inesgotável. Por todos os motivos apresentados é fácil perceber que ser pai e mãe não é fácil. Cuidar do novo Ser de forma equitativa ou seja corpo e alma, também não. Independência, individualidade e liberdade devem ser ensinadas desde o início, sempre encorajando a criança a pensar e agir por si mesma. Algumas técnicas que se ocupam em explicar estes temas como a Meditação, remetem o adulto, a criança, a grávida para o conhecimento interno, para a paz, para o poder pessoal e para o reconhecimento que nascemos todos da mesma fonte energética e um dia a ela voltamos.
As aulas de meditação a grávidas e seus maridos são dadas em países como os EUA há décadas. São ensinadas técnicas de postura, respiração e paz interior que não só colocam a futura mãe em contacto consigo, em união com o pai da criança e ambos em sintonia com a criança ainda em estado de alma. Famílias com este tipo de preparação sabem que o parto será um momento mais tranquilo e seguro.
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Os primeiros meses da vida da criança normalmente agitados porque o bebé é exigente, com poucas horas de sono e sobretudo pouco tempo para o casal e para cada um deles individualmente, são meses de grande stress e zonas temporais onde ocorre muitas vezes descoordenação, desentendimentos e em alguns casos separações. Famílias que abraçam a técnica da meditação têm uma ligação energética mais forte e mais eficaz para ultrapassar todos os momentos de tenção. O bebé sente esta paz e harmonia que vem dos pais. A casa e o ambiente familiar, o mundo da criança não é assim muito diferente do ambiente vivido por 9 meses na barriga da mãe. Todo este clima gera melhores momentos e registos de felicidade. Mais saúde de todos os envolvidos. O período em que o bebé chora imenso e a mãe por vezes jovem e sem experiência não sabe o que realmente fazer, é intenso e difícil.
Adultos que tem por habito meditar, desenvolvem a sua consciência, as suas capacidades extra sensoriais e por estes motivos ficam aptos a entender o bebé no silêncio. Após a licença de parto mães voltam ao activo profissional mas muitas carregam uma culpa, frustração e tristeza por deixarem a criança entregue a outra pessoa que a vai cuidar e educar. Contas feitas o tempo útil que cada mãe e pai dedica as crianças não é assim tanto, e elas crescem e deixam de caber no colo muito rápido. Ao regressar a casa com este misto de sentimentos e com o cansaço devido a um dia de trabalho ser pai e ser mãe é um desafio.
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A Meditação como técnica que trabalha a mente e a torna mais focada principalmente nos aspectos positivos da vida ajuda que todos valorizem o que têm de fantástico e nem há tempo para pensar em problemas. No silêncio da Meditação é possível encontrar paz e boas ideias. Pessoas mais calmas pensam melhor e têm tempo para analisar diversos pontos de vista escolhendo assim os que são mais eficazes e que defendem os interesses da família. A gestão emocional tão valorizada nos dias que correm é também aqui trabalhada já que em clima mais ameno as emoções são mais suaves e mais controladas. As crianças sentem este clima e reagem positivamente. Eu sou professora de Meditação, recebo famílias, futuras mães e percebo a diferença que faz a presença desta técnica no dia a dia de grandes e pequenos.
A saúde, o sistema imunológico, o equilíbrio e tranquilidade são denominadores comuns para uma gestação saudável, um parto ameno e o desenvolvimento da criança sustentado, criativo e harmonioso. Os exercícios são aprendidos em aula e fáceis de fazer várias vezes ao dia consoante a disponibilidade em casa, no trabalho, no intervalo de almoço num jardim. As crianças aprendem rapidamente a técnica de Meditação pois é algo que consta dos nossos registos e que nos leva ao estado em que o Ser se sente mais completo e mais feliz. Ao contrário do que possa parecer as crianças adoram meditar e dão belos exemplos aos adultos chegando a influenciar também os avós. Esta técnica é intemporal e fácil para todas as idades. A base da técnica é fácil, pede disciplina e continuidade pois tem que existir tempo de reacção por parte do corpo físico e mental. Nas aulas das crianças que começam logo aos 3 anos além dos exercícios meditativos são também desenvolvidos momentos criativos uma vez que são um excelente meio de aproveitar as energias das crianças e canaliza-las para momentos de cor, imagem e som. Espero ter deixado motivos suficientes que entusiasmem a sua família a tomar contacto com esta técnica, a Meditação.
Por Isabel Leal – www.alegrianainfancia.wixsite.com/index
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