Refletir sobre este assunto é importante na medida em que existem muitas pessoas que ao realizarem mudanças na sua vida (ou que por circunstâncias alheias são forçadas a abrandar - por exemplo a pandemia e o respetivo confinamento) se deparam com conflitos internos, não reconhecem as possibilidades e os benefícios associados ao abrandamento, às novas rotinas.
Quão valioso é o nosso tempo? Quão alheios à qualidade das nossas vidas vivemos? Já estamos em agosto e é verdade que grande parte dos portugueses estão e vão gozar férias, contudo nem sempre quinze dias de férias não suficientes para um verdadeiro 'shut down'. Este ano, particularmente, é importantíssimo descomprimir a sério, pois vivemos em circunstâncias anormais, com ansiedade e angústia, com medo da incerteza dos próximos tempos.
Naturalmente que a melhor opção que devemos considerar é viver no presente, desfrutar e apreciar o 'aqui e agora', deixar a angústia do passado perder força e eliminar a ansiedade do futuro incógnito, contudo, para que o consigamos fazer temos de ser disciplinados, rigorosos e focados: através de momentos de meditação, de silêncio e de oração.
É urgente aceitar que os nossos dias merecem ser honrados com atividades que nos dêem prazer, que nos possibilitem sentir alegria, satisfação e sentido de 'missão cumprida', assim como momentos de puro relaxamento em que, por exemplo, não esteja a fazer nada senão em contemplação.
Uma sugestão a considerar é investir 15 minutos por dia para co-criar o que gostaria de atrair e viver, ou refletir conscientemente nas escolhas realizadas nesse dia.
Procurar o contacto com a natureza, promover o nosso auto-conhecimento vai tornar-nos pessoas mais confiantes do nosso valor, vai aproximar-nos da nossa natureza interna. Mais do que num mercado, onde as leis da oferta e da procura que nos intoxicam, vivemos todos a necessidade de um abrandamento, de um equilíbrio emocional e espiritual.
Desacelerar é a palavra de ordem para ser capaz de se ouvir no seu silêncio. Existe muito ruído à nossa volta e dentro de nós, no quotidiano.
Torne-se uma prioridade, acolha as suas necessidades biológicas.
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