Diz a sabedoria antiga que o que está dentro é igual ao que está fora e o que está em cima é igual ao que está em baixo.

Levando então a sugestão um pouco à letra vamos ver então como a natureza à nossa volta nos está constantemente a inspirar e a convidar a viver de uma maneira mais bela, equilibrada e serena.

A natureza está cheia de pistas, sinais e mensagens que se estivermos atentos, nos lembram como lidar com as nossas questões e desafios de maneiras positivas.

Seja o nosso mundo interior, os nossos sonhos, medos, anseios e alegrias, seja o mundo exterior do nosso dia a dia, da família, do trabalho e dos amigos, todos estão cheios de situações que nos pedem diferentes atitudes. Eu acredito que a mãe natureza nos pode inspirar. Vamos ver como:

Em primeiro lugar, ela lembra-nos que nada é estático e que o movimento é uma constante. Movimento esse que tanto pode ser suave, morno e agradável como pode ser violento, agressivo e até doloroso. Para a natureza, tudo são experiências e maneiras diferentes de expressar os quatro elementos da terra, do fogo, do ar e da água.

Logo tanto faz parte a experiência do mais quente dos fogos, como da mais gélida paisagem como ainda da mais equilibrada, paradisíaca e perfeita aos nossos sentidos, praia tropical. Fazendo a analogia, temos assim experiências ou relacionamentos difíceis, dolorosos e intensos, temos outros que congelaram algures no tempo à espera que algo derreta o gelo existente e temos outros que são os nossos portos de abrigo e onde nos sentimos protegidos e relaxados tal como na praia tropical.

Lembra-nos também a mãe natureza que as 24 horas em que dividimos o nosso calendário diário dão-nos metade de noite e metade de dia ou seja, é tão importante viver debaixo do sol, ver a vida à luz do dia, sentirmos a expansão de nós próprios, sentirmos o nosso lado masculino e yang e nossa relação exterior com o mundo, o calor e as cores, como é viver debaixo das estrelas, deixarmo-nos orientar por elas, permitir o silêncio e a interiorização, vivermos o nosso lado feminino, yin para podermos ouvir a nossa vozinha interior.

Depois temos as nuvens. Brancas, cinzentas, tufos ou em forma de lençol completo, esses inocentes aglomerados de gotículas de água condensada são capazes de mexer com o nosso estado de espírito a cada dia ao ponto de condicionar a nossa vida e atitude em geral. Quantos de nós não sentimos já como um dia cinzento nos abre os portões dos mais tristes e deprimentes pensamentos e emoções e com a mesma facilidade, a fórmula matemática de sol + céu azul = alegria, optimismo e fé!

Da mesma maneira podemos aplicar o mesmo conceito mas agora alargado à quatro estações.

A primavera é o começo, o nascimento, o principio da viagem, tempo associado à semente, à esperança e optimismo de que tudo irá correr bem. São fazes na nossa vida em que tomamos decisões importantes, em que acreditamos que merecemos mais e melhor e temos fé que a força que faz crescer uma árvore é a mesma que irá apoiar as nossas iniciativas positivas.

O verão é o fruto, a manifestação física da semente, o tempo de desfrutar, a recompensa do trabalho do plantio. O calor relaxa-nos o corpo, o sol ilumina a nossa alma, o céu azul serve de pano de fundo ao herói que somos na nossa história e aos troféus interiores ganhos até ali. É neste degrau do nosso ciclo que somos convidados a experienciar a matéria no seu melhor, a interagir fisicamente com o mundo, a sentir prazer pela simples experiência física humana.

O outono é a lembrança de que nada é estático e que o movimento da vida é uma constante. E lembra-nos que por mais que gostássemos de manter o estado de verão para sempre, uma força maior do que a nossa simples vontade já pôs as coisas em movimento rumo à próxima experiência para nos levar uma etapa mais à frente. Se não houvesse movimento morreríamos todos de velhos agarrados aos troféus antigos sem saber que outros maiores nos esperavam. Outono é o tempo do deixar ir, de ver que folhas e lixo acumulámos e que agora podemos entregar ao vento para que leve os nossos excessos para bem longe. É tempo das primeiras chuvas e do primeiro frio que depois de nos termos afastado tanto de casa ou de nós próprios na euforia do verão, somos agora convidados a voltar ao nosso abrigo e a aquecer de novo o nosso interior.

O inverno é a paragem. É o convite mais desafiante para nós depois de termos criado um mundo que não contempla o silêncio e a interiorização e que nos permite ter ruído, informação, comida, entretenimento e ligação ao mundo inteiro a partir de casa 24 horas por dia. Experiência difícil sim, mas essencial. Ela lembra-nos que os troféus que ganhámos na época do verão não servem apenas para pôr na prateleira mas sim para valorizar a pessoa que somos e esse trabalho só se consegue fazer no silêncio, no recolhimento. Se não fosse tão importante ele não faria parte. É nessa paragem forçada que percebemos não só os troféus que já conquistámos mas também os que ainda precisamos conquistar. Será que já tenho o troféu do perdão? Da humildade? Da coragem? Do amor?

Tenha ou não os tenha, este é o tempo de consciência e de preparação para a viagem que me irá dar esses novos e tão ansiados troféus.

A beira de uma nova primavera, saímos da toca diferentes do inverno anterior. E ainda bem que assim seja pois é sinal que aprendemos lições, ganhamos troféus novos, crescemos interiormente, amadurecemos.

Uns gostavam que os ciclos fossem mais rápidos outros acham que são rápidos demais. Quando somos jovens o tempo parece não passar e quando somos adultos ele parece voar. Realidade é que ele sempre foi, é e sempre será igual ao contrário da nossa percepção do mesmo. Lição: temos que respeitar os ciclos e aceitar que há um tempo para tudo.

Há situações na nossa vida, hoje, aqui, agora que nos pedem a atitude da primavera, que nos estão a convidar a sermos positivos, optimistas e a acreditarmos na tal força que a todos nos empurra a um porto seguro. Outras, também hoje, aqui e agora estão-nos a convidar ao recolhimento, ao silêncio e tomada de consciência dos troféus que já temos e dos que nos faltam. Ninguém, além de nós próprios, jamais irá poder saber como lidar com cada situação. Temos dúvidas? Todos temos dúvidas sim, todos nos questionamos qual a melhor atitude, saída, solução para os mais variados eventos e situações. Nesses momentos é importante a experiência do inverno, sabermos parar, lembrar de que troféu estamos atrás nesse momento, nesse evento e sermos fieis a essa busca. Depois de relembrarmos a nossa missão, há que agir de acordo com a energia da primavera, sair para o mundo, para a situação, para o desafio com fé, optimismo em busca desse novo troféu, tornando o nosso herói ainda mais completo.

Fica a proposta assim para que esta primavera seja um, mais um, começar de novo, caminharmos conscientes de que somos o herói da nossa história e que a vida não é mais do que uma constante busca de pequenos e grandes troféus que irão aos poucos definindo a pessoa que nos viemos tornar.

Feliz primavera!

Veja no Sapo Zen as entrevistas de Vera Luz:
Regressão a Vidas Passadas

Cabeça VS Alma

Vera Luz, Autora e Terapeuta de Regressão e Orientação Espiritual:

Dou consultas de Regressão à Vida Passada, Criança Interior e Eu Superior.
Sou facilitadora do Workshop “Do Drama para o Dharma”, baseado no meu primeiro livro, onde nos propomos, através de vários exercícios e meditações, a um maior autoconhecimento e consciência de quem somos, donde viemos e o que andamos cá a fazer.
Há mais de 10 anos que o meu trabalho e compromisso é relembrar a cada um o propósito por trás dos eventos da nossa vida, trazer a Verdade ao de cima, ajudar cada um a sentir o lado sagrado da vida.
E mais importante ainda é lembrar sempre que:

"A mudança que tanto desejamos, tem que começar dentro de nós..."

Sou autora dos livros;

- “Regressão a vidas passadas”
- "Do Drama para o Dharma”
- "A cabeça pergunta a Alma responde”

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