Depois de meses para não dizer anos a ler este titulo sensacionalista, hoje foi a minha vez de o usar!

E eis que sobrevivemos à curiosa data de 21-12-2012.

Há séculos que a Humanidade não se sentia tão insegura, assustada, frágil e medrosa como agora.

Fico espantada como ainda tantos se assustam com o conceito de fim do mundo...

Como dizem os budistas, a ignorância é um dos venenos da humanidade e em tantos momentos isso se pode comprovar.

Esta é apenas um deles...

Tenho observado que as pessoas mais "assustadas" mais negativas, mais violentas, mais turbulentas, mais fundamentalistas, são também as menos informadas e por isso as mais cépticas.

Realmente olhando para o mundo ou para as noticias não é para menos... mas também acredito que é precisamente por o mundo estar como está que a única tábua de salvação está mesmo dentro de nós.

Por estarem ainda presas a preconceitos velhos de como as coisas deveriam ser, à previsibilidade e controle do mundo, maior parte das pessoas não sabe ainda lidar com a Impermanência constante da Vida. A essas pessoas eu pergunto como lidam com a imprevisibilidade do tempo, das reações dos outros e do eterno mistério que é afinal o dia de amanhã.

A Vida é sagrada, é a viagem de um espírito que começou antes e irá continuar depois desta vida presente, tem um propósito muito maior do que a maior parte de nós consegue conceber. É precisamente a ignorância dessa realidade que nos torna controladores, medrosos, cépticos, incapazes de confiar em algo que não percebemos com os nossos 5 sentidos.

Há 500 anos atrás por exemplo, no meio das guerras, enormes desafios diários, pestes e perseguições, ainda nos apoiávamos numa religião que nos prometia o paraíso se nos portássemos bem e nos garantia a salvação em troca de dinheiro e preces.

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Hoje, essa fé cega e imposta pelo medo já foi posta em causa pela maior parte de nós. No lugar dela é-nos proposto cultivar a Fé inteligente, escolhida por amor, alinhada com o nosso sentir.

No meu primeiro livro "Regressão a vidas passadas" tentei, sob a minha perspectiva, claro, escrever sobre o conceito de Fé.

Resumindo, Fé não é, para mim, acreditar em Deus como ainda vejo muitos a definir o conceito. Fé, é, para mim, confiar numa ordem por trás do aparente caos que é o mundo cá em baixo. Fé é confiar numa energia perfeita, ordenada e inteligente, que mágicamente trás à vida de cada um de nós, o que precisamos para a nossa evolução pessoal. Fé é acreditar que não somos o nosso corpo que irá morrer numa determinada data mas sim um Espirito eterno que está apenas aqui a cumprir um episódio.

Fé é confiar nas Leis Cósmicas como por exemplo na Lei da Atracção que nos diz que atraímos o que temos dentro, consciente ou inconsciente e que tudo e todos que estão na nossa vida são os desafios que um dia escolhemos para superar.

Dito isto, temos assim duas grandes posturas nos dias que correm:

- Temos os que ainda estão presos às antigas ideias de morte e fim do mundo e os que estão impávidos e serenos, com uma postura de simples observadores, sabendo e sentindo dentro de si que o que vier, virá e não há nada que possamos fazer a não ser manter o centro e a paz interiores.

Com a consciência de que a vida continua, que depois desta vida, iremos entrar na próxima tal como o dia de amanhã se seguirá ao dia de hoje, a nossa única preocupação deveria ser "o que é que eu posso mudar hoje/nesta vida que torne o dia/vida futura de amanha mais feliz?

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A todos os que se questionaram assustados se o mundo iria acabar ou não, a todos os que estiveram em pânico, a todos os que estão ainda com as emoções à flor da pele (porque pelos visto nada mais foi capaz de mexer com elas) a minha pergunta é:

- E se o mundo acabasse mesmo, qual era o problema?

- Tens medo de perder o quê?

- Afinal acreditas ou não na continuidade da vida?

- O que mudava em ti se soubesses que ias viver mais 100 anos ou que irias morrer amanhã?

A grande proposta destes tempos sem dúvida é viver a espiritualidade na práctica, ou seja, se somos capazes de FLUIR e CONFIAR.. seja nas datas mais assustadoras, seja no simples dia a dia…

Para quem ainda está apegado a um corpo, personalidade, cargo, tralhas e pessoas e quem ainda acha ou acredita mesmo que controla alguma coisa, acredito que o pânico tome conta pois afinal essas pessoas estão a acreditar e a viver a ideia nos dias de hoje de que podemos perder tudo de um dia para o outro.

Para quem já vive a partir do Espirito, para quem já não tem apegos e confia que o que vier vem por bem, que nada é nosso, para quem já sabe que não há nada a perder, apenas existem constantes transformações sempre para melhor, está a viver este tempo desperto, curioso, mas relaxado pois sabe que o melhor desfecho está dependente da sua Fé e na sua atitude positiva e de rendição.

Todos os dias somos confrontados com milhões de situações onde não controlamos nada e onde aprendemos a esperar o tempo certo e a confiar no desfecho para o melhor de todos:

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Por exemplo o tempo de gravidez de uma mulher. Durante 9 meses a mulher nada pode fazer a não ser cuidar de si própria. Desde que é um invisivel embrião até à sua formação completa 9 meses depois, a mãe nada faz pelo bebé na sua formação. Resta-lhe apenas esperar pelo tempo certo e confiar que o bebé será como tiver que ser. Claro que qualquer mãe nesses momentos 'pede' ou reza pelo melhor desfecho mas a situação mostra-nos que não podemos criar o desfecho segundo a nossa vontade. Uma energia superior e mais inteligente dita as caractiristicas, energia e data de nascimento de acordo com os astros para que a sua historia que cumpra e o seu karma se alinhe com o dos seus pais e meio que escolheu para encarnar.

Outro exemplo, quando plantamos uma semente na terra, tal como à mãe do exemplo anterior, resta-nos dar amor em forma das condições perfeitas à formação da planta; agua, sol e terra. Também aqui uma energia que não está sob o nosso controle acaba por fazer magia e nem que seja 100 anos depois, sem qualquer participação do homem, temos uma arvore imponente.

Embora inconsciente, é muita arrogância acreditarmos que controlamos o que quer que seja. Nesses momentos de medo, de pânico (que não são mais do que uma birra do nosso ego a reconhecer que não controla nada) aconselho vivamente cada um a olhar para o céu numa noite estrelada, e sentir o infinito, a grandeza do Universo, a sentir a sua pequenez e a ganhar alguma humildade perante esse mistério maravilhoso e sagrado que é a Vida…

21 de Dezembro de 2012 não marcou o fim do mundo, marcou sim o fim do calendário Maia e fim de um de um ciclo astrológico. Com a consciencia do que vivemos e aprendemos até ali e com a intenção de darmos a nosso melhor e de vivemos mais depertos, conscientes e amorosos no novo ciclo.

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Toda a previsão para a frente é futurismo e ilusão.
Sabemos apenas que sem Amor não termos desfechos felizes...

Deixo-vos com um pequeno texto de Lucia de Belo Horizonte sobre o tema:

Profecias para o ano de 2012:

▪ O calendário vai mudar a 31 de Dezembro 2012 para o dia 1 de Janeiro 2013.
▪ Em alguns dias vai chover como sempre choveu!
▪ Alguns dias vai fazer calor como sempre fez!
▪ Alguns dias vai fazer frio como sempre faz em alguns lugares!
▪ Muitas crianças vão nascer em todo mundo como sempre!
▪ Muita gente vai morrer em todo mundo como sempre!
▪ Os impostos não deixaram de existir e existirão como sempre!
▪ Muitos irão conseguir emprego como sempre!
▪ Muitos ficarão desempregados como sempre!
▪ Vai haver terremotos como sempre teve em todo mundo!
▪ Vai haver furacões nos EUA como sempre teve!
▪ Vai se ouvir falar em epidemias e doenças como sempre se ouve!
▪ Vai haver divórcios como sempre tem!
▪ Vai haver alguns milhões de pessoas tristes com a vida que levam como sempre!
▪ O mundo não vai acabar em 2012!
▪ Todas essas profecias são verdadeiras; se você não acredita verá!

Fala-se muito no calendário dos Maias que termina em 21 de dezembro de 2012. Os Maias nunca falaram em mudanças do campo magnético, nem em tempestades solares, nem em terremotos, nem em impactos de outros planetas com a Terra. Tudo que se atribui ao final do calendário Maia pode ser atribuido a qualquer calendário, isto porque, a mudança cíclica é como o nosso calendário e o mundo não acaba todos os anos em 31 de Dezembro, só porque acaba o nosso ciclo de 1 ano. O ano sempre recomeça e muita gente nem percebe que o ano mudou.

Tanto os Maias quanto muitos outros povos antigos tinham mitos e especificidades baseadas no simbolismo. Os aztecas, por exemplo, retiravam o coração de humanos para oferecer aos deuses e assim serem merecedores das prendas dos deuses. Outras tribos comiam os corações humanos para terem a força e alma desses humanos. Algumas tribos da atualidade moderna ainda queimam os corpos dos mortos e comem as suas cinzas. Ou seja, são simbolismos verdadeiros para eles.

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Quando mudamos o nosso calendário em 31 de dezembro o Sol não se modifica por conta disso, porque calendário é uma convenção humana. Terremotos existem todos os anos, periodicamente estamos alinhados com o centro galáctico, a precessão é um movimento natural da Terra, assim como a terra gira sobre seu próprio eixo e ao redor do Sol, que por sua vez, tem constantes tempestades solares. Tudo isso já existe há milhões de anos e o mundo nunca acabou. Prova disso é que você está aqui.

De tempos em tempos aparecem alguns novos fatalistas, gente que faz dinheiro vendendo ideias de catástrofes sem nenhuma base científica, impingindo medo em pobres crentes de plantão. Outros inventam as mais inusitadas estórias que só existem na sua imaginação e na sua estupidez, pelo prazer de disseminar pânico. No entanto, é certo que estamos em fase de mudanças, novos conceitos estão surgindo, novos parâmetros estão sendo criados. Não é o fim do mundo, é apenas o fim de um mundo dentro da mesmice da hiprocrisia; este sim precisa acabar.

E finalmente, depois do dia 21 dezembro 2012, o Sol brilhará no dia 22 dezembro. Daí os fatalistas de plantão irão criar uma nova e fantástica profecia fatalista ou uma nova data para o fim do mundo para vender mais jornais, mais revistas e para produzir mais filmes. Até 1999 acreditava-se na profecia: " 1.000 passará, 2.000 não chegará...", mas chegou e lá vamos nós...

Mais do que procurar entender as milhões de explicações diferentes para o fenómeno do 2012, preocupem-se sim em cuidar dessas emoções que todo o tempo presente está a despoletar e aproveitem para as aceitar e transformar pois só limpos poderemos ter bilhete de entrada na Nova Era :)

Posto isto, resta-me aconselhar que relaxem, lembrem que o Universo sabe o que faz, arranjem uma bela cadeira, enconstem-se para trás e enjoy the ride!

Abraços
Vera Luz

Veja no Sapo Zen a entrevista de Vera Luz sobre Regressão a Vidas Passadas

Vera Luz, Autora e Terapeuta de Regressão e Orientação Espiritual:

Dou consultas de Regressão à Vida Passada, Criança Interior e Eu Superior.
Sou facilitadora do Workshop “Do Drama para o Dharma”, baseado no meu primeiro livro, onde nos propomos, através de vários exercícios e meditações, a um maior autoconhecimento e consciência de quem somos, donde viemos e o que andamos cá a fazer.
Há mais de 10 anos que o meu trabalho e compromisso é relembrar a cada um o propósito por trás dos eventos da nossa vida, trazer a Verdade ao de cima, ajudar cada um a sentir o lado sagrado da vida.
E mais importante ainda é lembrar sempre que:

"A mudança que tanto desejamos, tem que começar dentro de nós..."

Sou autora dos livros;

- “Regressão a vidas passadas”
- "Do Drama para o Dharma”
- "A cabeça pergunta a Alma responde”

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