
“Calar e virar para o lado não é solução” é um dos temas a abordar no almoço-debate promovido pelo blogue “Proud to Be a Womam”, dinamizado pela empresária Orquídea Silva, no dia 7 de julho, em Ofir.
“Este pretende ser o primeiro de vários debates promovidos pelo blogue feminino que quer tornar-se um 'movimento' verdadeiramente interventivo, na prática, e não limitar-se à mera troca de ideias online. Achamos que as coisas só valem a pena quando se passa das ideias à prática, da reflexão à ação!”, refere a organização do evento.
Odete Costa, presidente do Instituto Maria da Paz Varzim, Vera Rodrigues, deputada do CDS/PP, Anabela Fonseca, jurista, o comandante da GNR da Póvoa de Varzim, o presidente da Junta de Freguesia de A-Ver-o-Mar e responsável pelo Espaço Família, Carlos Maçães Gondar, e um dirigente da Federação Portuguesa de Krav Maga (técnica de defesa pessoal israelita) são alguns dos elementos que vão debater aquele que é um dos grandes flagelos da sociedade atual. Haverá também depoimentos de mulheres que passaram por situações de violência.
Segundo a comissão organizadora, “o objetivo final deste encontro é tentar encontrar soluções para ajudar a resolver este problema, para além de ficar a conhecer melhor os seus contornos, através do leque de convidados que estão ali para esclarecer e colaborar, a todos os níveis”.
Outra das finalidades é perceber “o que pode ser feito para prevenir as situações de violência doméstica. Mas uma coisa é certa: calar e virar a cara para o lado não é solução! Por isso mesmo vamos reunir e conversar livremente sobre este problema, não fazendo dele um tabu, que muitas mulheres vivem entre as quatro paredes da casa. O principal problema é...esconder o problema, achamos nós! É preciso falar dele, percebê-lo, nunca calar, denunciar e ajudar quem quer sair destas situações. Perceber como se sai, dizer que é possível sair, e ajudar mulheres a criarem condições para isso, é o que queremos 'aprender' neste encontro”.
Refira-se ainda que parte do valor das inscrições reverterá para o Instituto Maria da Paz Varzim, dedicado ao apoio a jovens com problemas de integração social e comunitária, proteção dos cidadãos na velhice e invalidez e em todas as situações de falta de meios de subsistência ou de capacidade para o trabalho.
A iniciativa decorre entre as 12h e as 17h e inclui um almoço e ‘chá das 5’ no restaurante Papa-Amoras.
4 de julho
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