O acaso juntou-os. Pradyumna Kumar Mahanandia era um mero artista de rua quando, há 40 anos, a sueca Charlotte Von Schedvin, de férias na Índia, lhe pediu que a desenhasse. Mal a viu, apaixonou-se de imediato. "Quando ela apareceu à frente do meu cavalete, foi como se tivesse perdido todo o meu peso. Senti-me a levitar. Não há palavras que consigam descrever essa sensação", desabafou a uma publicação internacional.

Tudo aconteceu no dia 17 de dezembro de 1975. Na altura, ficou tão nervoso que não a conseguiu desenhar. Pediu-lhe que voltasse no dia seguinte e ela anuiu. "Acabou por regressar três vezes e fiz-lhe três retratos", revela. No segundo dia, teve uma certeza e também um atrevimento. "Disse-lhe que ela iria ser a minha mulher e que estávamos destinados a encontrar-nos", confidencia Pradyumna Kumar Mahanandia.

Ela, na altura com apenas 19 anos, achou piada às certezas dele. Namoraram pouco mais de duas semanas até ela regressar a casa. Um ano e meio depois, ele não aguentou mais a distância. Vendeu tudo, comprou uma bicicleta, percorreu mais de 9.656 quilómetros e foi da Índia até à Suécia para ir ter com a mulher da sua vida. Estão juntos há 40 anos e têm dois filhos. "O meu maior obstáculo foram as minhas próprias dúvidas", admite hoje.

Vendeu tudo, comprou uma bicicleta e foi da Índia à Suécia ter com a mulher da sua vida