Não passava de uma mera oferta mas a figura humana que Shaz recebeu de presente em 2015 mudou radicalmente a vida a esta artista plástica que escolheu o norte de Portugal para viver. «Faz dois anos este mês que recebi um manequim no meu aniversário. Tem sido um período entusiasmante, este de descobrir a minha paixão e de fazer algo que realmente amo», desabafou em meados de junho de 2017 na página de Facebook do projeto Shazequin.
A explicação para o nome é simples. «Um shazequin é o cruzamento entre a Shaz e um manequim», pode ler-se no site que serve também de montra da atividade que agora gere e onde podem ser adquiridas peças de arte com nomes como Albert, Cookie ou ainda Dom Luis. «Já salvei e pintei 48 manequins, incluindo as cabras», revela. «Todos os dias sorrio e rio às minhas pessoas», como lhes chama, confidencia.
O primeiro modelo que pintou nunca mais saiu lá de casa. «Vive comigo e faz-me lembrar como tudo começou», escreveu numa publicação de agradecimento. Um reconhecimento em inglês com duas palavras em português. «Muito obrigada», digitou. Sempre que as condições climatéricas permitem, Shaz gosta de trabalhar ao ar livre. «Às vezes, pinto na varanda», desabafa a artista, que tem peças expostas num restaurante em Alicante.
Texto: Luis Batista Gonçalves
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