Há cada vez mais municípios portugueses a apostar na agricultura comunitária. A Câmara Municipal de Évora atribuiu mais 138 talhões para produção de hortas urbanas, desta junto ao Forte de Santo António, anunciou o município.

A decisão foi anunciada por altura do primeiro aniversário do projeto eborense de hortas comunitárias urbanas, uma iniciativa incluída na Agenda 21 Local.

Aproveitar os terrenos disponíveis para a criação de hortas comunitárias de qualidade é o objetivo. «Depois do sucesso das Hortas do Monte de Santo António, a segunda fase deste projeto, que se irá denominar Hortas do Forte de Santo António, dá a 138 famílias a possibilidade de usufruírem de 45 metros quadrados de um terreno sobre o qual poderão cultivar os mais diversos produtos», explica a autarquia.

A exemplo do que sucedeu na primeira fase, as Hortas do Forte de Santo António significaram «um investimento considerável» por parte da edilidade eborense, através de trabalhos de infraestruturação deste terreno, nomeadamente com a vedação, construção de depósito de água, alargamento da rede de distribuição de água com colocação de torneiras de utilização coletiva, com a construção de caminhos e com marcação de talhões.

Em termos globais, o projeto das Hortas Urbanas de Évora reúne já 207 talhões. As quintas da periferia de cidade representaram um importante meio de fornecimento de frutas e legumes frescos à cidade, de forma sustentável. Mais a norte, na Grande Lisboa, a Câmara Municipal da Amadora também está a investir num projeto semelhante.

No espaço criado pela autarquia entre a Quinta da Lage e o Casal do Silva, na Falagueira, funciona desde o último semestre de 2013 uma horta, com cerca de 80 talhões com 100 metros quadrados cada, num espaço inutilizado que foi totalmente limpo, parcelado, com caminhos e um espaço para guardar as ferramentas.

A vigilância do espaço é assegurada por patrulheiros, cidadãos reformados pagos pela autarquia para garantir que não são feitas fogueiras nas hortas, assegurar a correta utilização do poço, sinalizar situações de abandono de talhões ou de uso indevido dos mesmos e alertar as autoridades para desordens ou furtos.